Jantar junta mais de cem rotários em Setúbal: Adriano Moreira fala sobre ordem mundial

O Rotary Club de Palmela, em conjunto com os clubes de Sesimbra, Barreiro, Moita, Sesimbra, Almada e Odivelas, realizou um jantar/palestra com o professor Adriano Moreira com o tema “A crise da ordem mundial”, na passada semana, no restaurante “O Quintal”, em Setúbal, juntando mais de cem pessoas.

 

Florindo Cardoso

 

Jaime Filipe Puna, presidente do Rotary Club de Palmela, disse que o jantar/palestra “decorreu muito bem, com sala cheia, e estou muito satisfeito com esta adesão dos rotários e de outros convidados que perceberam a importância da presença do professor Adriano Moreira”.

O responsável explica o convite a esta personalidade de referência da sociedade portuguesa.“O professor Adriano Moreira, pela sua experiência de vida, pelo currículo fantástico, pareceu-nos a pessoa mais avalizada para falar do que se passa no mundo, as preocupações que nos vão assolando paulatinamente, devido à instabilidade política e social a nível mundial e procurar esclarecer minimamente e perceber o que está em causa, despertando as consciência para a situação actual”.

Jaime Filipe Puna explicou que as receitas obtidas com este vento são destinadas a apoiar instituições de solidariedade social do concelho de Palmela.

O presidente do Rotary Club de Palmela revelou que este ciclo de palestras mensais vai continuar já dia 16 de Dezembro, às 20.30 horas, com a presença do presidente da Cáritas Portuguesa, Eugénio Fonseca, para ajudar o Centro Social de Palmela que “precisa de apoio urgente devido às carências e dificuldades na sua gestão corrente”.

Em 20 de Janeiro de 2017, o convidado será Luís Marques Mendes, antigo ministro e presidente do PSD e actualmente comentador da SIC.

Adriano Moreira, com 94 anos, deu uma autêntica aula de história, desde o fim da 2.ª Guerra Mundial, a elaboração da Carta as Nações Unidas até à actualidade. O fim dos impérios euro-mundiais, como os casos de Portugal, Inglaterra, França e Holanda, com presença nos quatro continentes, dando origem a novos Estados, a criação da NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte, liderada pelos países do Ocidente e do Pacto de Varsóvia (países de Leste), sob as ordens da antiga União Soviética, o surgimento da União Europeia (EU) e agora a sua crise, o surgimento da inquietação islâmica, criando conflitos raciais, o Brexit que leva à saída do Reino Unido, com o maior exército da Europa a abandonar a EU.

Em relação ao nosso país, defendeu a criação da plataforma marítima juntamente com os Países de Língua Oficial Portuguesa (PALOP), que deveriam avançar para uma esquadra presente no mar para defender a nossa costa.

Para Adriano Moreira a causa dos males do mundo é o “mau governo” que impera nos países, acusando a União Europeia pelo que “está a acontecer”, nomeadamente a crise financeira e social, causando divisões. Manifestou ainda preocupação pela instabilidade do sistema bancário. “Qualquer dia os bancos são todos espanhóis e estes não vão pôr os interesses de Espanha abaixo dos portugueses e devemos pensar nisso”, concluiu.