Praia da Saúde com nadadores-salvadores

A Praia da Saúde, em Setúbal, foi dotada de nadadores-salvadores pagos pelo concessionário Rockalote boias delimitadoras. O município sadino alega que o objetivo é criar melhores condições de utilização e segurança.

“Na prossecução do compromisso de reforçar a ligação da cidade ao rio, a Câmara Municipal de Setúbal deu mais um passo no aumento da segurança das populações na atividade balnear junto da cidade, naquilo que constitui ainda uma medida que se traduz numa melhoria das condições de usufruto da zona”, refere a autarquia, em comunicado, sublinhando que esta iniciativa resulta da “articulação e conjugação de interesses de várias entidades, a quem a autarquia agradece a disponibilidade e colaboração, nomeadamente à Capitania do Porto de Setúbal, à APSS – Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra, à APA – Agência Portuguesa do Ambiente e ao concessionário Rockalot”.

“Ao reconhecer que esta área tem sido utilizada pela população e por turistas para banhos, a autarquia decidiu avançar com medidas que reforçam a segurança e salvaguarda dos utilizadores”, adianta.

Neste sentido, a Praia da Saúde passa a contar com a presença de nadadores-salvadores e com boias delimitadoras da zona de maior perigosidade, cuja utilização deve ser acautelada por parte dos utilizadores.

A Câmara Municipal está a desenvolver, junto das entidades competentes, os procedimentos necessários para que a Praia da Saúde seja formalmente classificada como zona balnear.

A Praia da Saúde fica situada na Avenida José Mourinho, junto do Parque Urbano de Albarquel, numa zona que até há alguns anos era ocupada por estaleiros navais.

Após tomarem conhecimento da existência de um nadador-salvador na Praia da Saúde, a qual é interdita à prática balnear, os vereadores do PS questionaram o executivo CDU sobre “a existência de concessão e quem a suporta, a remoção das ferragens dos antigos estaleiros que colocam em causa a segurança dos banhistas e a justificação para o antagonismo de se ter um nadador-salvador e se manter a placa ‘Zona perigosa e interdita à prática balnear’”.

Os autarcas socialistas lembram que a requalificação da Praia da Saúde, realizada no âmbito do Programa Integrado de Valorização da Zona Ribeirinha de Setúbal em 2010, implicou uma operação de desmantelamento e remoção de quatro embarcações antigas na Praia da Saúde. A Praia da Saúde, emblemática para a população de Setúbal nas décadas de 1960-70, que se transformou em estaleiros navais. Contudo, “a limpeza integral do espaço não se concretizou, ficando a praia interdita à prática balnear, o que não tem impedido os munícipes e aqueles que nos visitam de frequentar este espaço de lazer e fruição do rio Sado”, alertam.

Na Praia da Saúde, “a praia que não é praia, existe afixado um placard que afirma “Zona
perigosa e Interdita à prática balnear – existência de objetos perigosos”, correlacionando
a ausência de aptidão balnear com a segurança das pessoas”, referem os vereadores do PS.

“Esta semana a Praia da Saúde, que mantém a placa de interdição à prática balnear e os postes de sinalização dos pedregulhos e ferros, foi dotada de um cabo com boias em todo o seu cumprimento e de um nadador-salvador”, salientam e nesta sequência, os vereadores do PS questionaram o executivo CDU “se existe uma concessão uma vez que esta depende de um concurso; quem suporta o pagamento do nadador-salvador na eventualidade de não existir concessão. Questionaram ainda se as ferragens dos antigos estaleiros que colocam em causa a segurança dos banhistas, já foram removidas de forma a proteger a integridade biofísica do espaço assim como a segurança de todos quantos usufruem deste espaço cada vez mais frequentado. E por último, qual a justificação para o antagonismo de se ter em simultâneo, uma praia com um nadador-salvador e se manter a placa “Zona perigosa e interdita à prática balnear”.

“O pagamento do nadador-salvador é suportado pelo estabelecimento ROCKALOT e as ferragens dos antigos estaleiros, que colocam em causa a segurança dos banhistas, ainda não foram removidas”, concluem.