O Ministério público pede a suspensão de funções para o presidente da Câmara Municipal de Sines, Nuno Mascarenhas, e a proibição de contactos com os funcionários da autarquia bem como a sua entrada nos Paços do Concelho, na sequência do processo “Influencer”.
O autarca de Sines está detido desde terça-feira, 7 de novembro, tendo sido ouvido pelo juiz de instrução. A decisão do tribunal será anunciada na segunda-feira, 13 de novembro.
Com a detenção do presidente da Câmara de Sines, a autarquia alentejana está agora a ser gerida pelo vice-presidente do município.
Nuno Mascarenhas, presidente socialista da Câmara de Sines e arguido da Operação Influencer, terá sido pressionado a facilitar processos administrativos referentes a terrenos anexos ao centro de dados da Start Campus. O atual ministro das Infraestruturas, João Galamba , chegou a falar também diretamente com autarca, indicam as escutas.
Segundo a indiciação do Ministério Público, a princípio, o autarca Nuno Mascarenhas ainda resistiu aos pedidos da Start Campus, mas depois acabou por ceder e pedir contrapartidas.
Em maio deste ano, Mascarenhas alegadamente terá pedido um apoio de cinco mil euros à Câmara Municipal de Sines para patrocínio do Festival Músicas do Mundo e um valor não apurado para as equipas de futebol Vasco da Gama.
Segundo o Ministério Publico, o autarca foi ameaçado caso não atuasse de acordo com os interesses da Start Campus.
As ameaças transmitidas por Afonso Salema, da Start Campus; Rui Oliveira Neves, também da Start Campus; e Diogo Lacerda Machado, advogado/consultor contratado pela sociedade, e por terceiros, davam conta da possível retirada do apoio do PS numa futura eleição, assim como a subtração de poderes dentro da própria autarquia em matéria de urbanismo.