Ex-presidente da Câmara de Setúbal, Dores Meira, apresenta queixa contra “maldosa calúnia familiar”

A ex-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, anunciou hoje que já entregou no tribunal “processos-crime” para “levar a julgamento os autores” de uma “maldosa calúnia familiar”, sublinhando que “confia no princípio universal de que todos os cidadãos têm direito à defesa do seu bom nome, honra e dignidade”.

Em causa estão várias declarações nas redes sociais de pessoas anónimas a acusar de ligações familiares à empresa concessionária do estacionamento tarifado na cidade de Setúbal. “Há algum tempo começou a circular nos mentideiros anónimos locais, que o meu filho (para uns, mas meu ‘sobrinho’ para outros, o que revela a veracidade do propósito) era sócio da empresa Datarede, concessionária do estacionamento em Setúbal”, adianta Maria das Dores Meira, na sua página oficial do Facebook.

Para a antiga autarca setubalense “tendo a noção de que tal difamação tem como objetivo atingir a minha honra pessoal e o meu bom nome enquanto figura pública, atributos e direitos garantidos num Estado de Direito, mas que alguns, a coberto do anonimato julgam poder sujar”, confessando que “tentei esquecer e ‘desvalorizar’ a ofensa, certa e segura que aqueles que me conhecem como cidadã e autarca impoluta me ajudariam a esquecer a maldade pura” mas “não consegui, porque alguns, na sua precária disposição para a ação política (?), insistem em, de trás da barricada, incitar o ódio e apontar a lama”.

“Nada mais tendo contra mim de relevante, a mentira tomou as proporções esquizofrénicas daqueles que assentam faladura pelas esplanadas digitais, como se fosse legislação de cadafalso, opinião absoluta, soprada ao ouvido, miserável”, frisa a ex-presidente do município sadino.

“Alguns são gente que eu conheço, que os meus amigos também conhecem, párias que nunca ergueram mais do que o sobrolho para dar algo à terra onde nasceram, parasitando”, denuncia a autarca, acrescentando que “há outros que julgam que é assim que se começa uma campanha política partidária, obtusos, há muito afastados da realidade que os sufoca: parados num apeadeiro veem os comboios passar sem parar”.

“Curiosamente, ou não, há ainda um outro grupo que fez campanha pelo estacionamento, votou favoravelmente a decisão, conhece bem o processo, mas estão agora acometidos pela súbita ‘doença do esquecimento seletivo’, muito oportuno para quem vê o poder mudar de rumo”, acusa Dores Meira.