Direção Geral das Artes corta apoio ao Teatro Animação de Setúbal

A Direção Geral das Artes decidiu que não vai apoiar o Teatro de Animação de Setúbal (TAS) por falta de verbas nos anos de 2023/2024. A medida já foi anunciada ao TAS que promete recorrer da decisão.

“Num momento em que caminha para as cinco décadas de existência e tendo apresentado, para o próximo biénio, uma programação de grande qualidade artística, o TAS vê-se confrontado com uma colossal injustiça face ao bom resultado obtido nos concursos globais dos apoios sustentados, que contrasta com a inqualificável decisão por parte da Direção Geral das Artes ao não propor a companhia para apoio nos anos 2023/24”, lamenta a companhia de teatro setubalense, em comunicado.

“apesar da excelente pontuação obtida (76,14%), que qualifica o TAS como elegível, acaba a companhia por ser excluída ao apoio efetivo com a intolerável justificação de falta de provimento orçamental, ao que se acrescenta a agravante de ter ocorrido um reforço da verba destinado exclusivamente aos apoios quadrienais, não anunciado aquando do anúncio de concurso, revelando uma alteração de regras e uma gritante descriminação entre candidatos”, adianta.

“Desde a sua fundação, em 1975, que o TAS, uma das mais antigas companhias do país e há mais tempo ao serviço da descentralização, resiste, mesmo nos momentos mais difíceis, às diversas contrariedades com que já se deparou, pelo que prepara o recurso para contestar uma decisão que considera injustificada e desequilibrada, além de persistir com a sua missão de promover a cultura e as expressões artísticas, numa luta constante para que o Teatro seja uma realidade para todos e não só para alguns”, conclui.

De referir que o TAS assinala, no próximo dia 21 de dezembro, o seu 47.° aniversário com a apresentação da mais recente produção, a 143a da Companhia, Mar me Quer, de Mia Couto, pelas 21.30h, no Teatro de Bolso.