O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, anunciou que não há prazo previsível para a reabertura da estrada entre as praias da Figueirinha e Galápos, na Arrábida, devido ao risco de derrocada e os complexos trabalhos de intervenção por uma empresa especializada.
“É uma situação muito complicada”, admite o autarca na reunião pública de 22 de março, adiantando que “a informação que tenho neste momento é que estão a terminar os estudos da avaliação da situação e das condições de intervenção”, na arriba.
“Será necessário fazer cair aquelas toneladas de pedras pela arriba, passando na própria via e já foi transmitido à empresa que existem infraestruturas que é necessário salvaguardar tanto quanto possível, sendo necessário depois retirar todo aquele material” e “não se afigura que a breve prazo se faça uma intervenção deste tipo”, revela o edil sadino.
Recorde-se que a instabilidade de um bloco de rocha de grandes dimensões levou à decisão do município sadino de encerrar a via, toda a circulação rodoviária e pedonal, a 8 de fevereiro deste ano.
Segundo o Serviço Municipal de Proteção Civil e Bombeiros de Setúbal, a situação configura risco potencial elevado para pessoas, bens e infraestrutura rodoviária, por apresentar uma fenda de tração no topo do bloco de rocha com uma abertura significativa, que se propaga ao longo de vários metros, e um conjunto de fraturas que circundam esse mesmo bloco.
Do lado de Setúbal, o acesso só é possível até à Praia da Figueirinha, devendo, em caso de necessidade de prosseguir, “efetuar-se o restante percurso pela estrada superior da Serra da Arrábida, reentrando depois via Portinho da Arrábida, Praia do Creiro ou Praia de Galapos”.
Já no sentido contrário, a informação municipal dá conta que “a Rua do Círio da Arrábida está encerrada a partir da Praia de Galapos”, e a alternativa a quem pretenda continuar a marcha “é usar igualmente a estrada superior da serra e reentrar depois na direção do Outão, da Figueirinha ou de Setúbal”.
