TAS estreia “As Alegres Comadres de Windsor”

O Teatro Animação de Setúbal (TAS) vai estrear a peça “As Alegres Comadres de Windsor”, de William Shakespeare, no dia 25 de março, no Fórum Municipal Luísa Todi.


No ano em que completa o seu 47.º aniversário, esta produção do TAS- Teatro Animação de Setúbal, uma adaptação do texto de William Shakespeare e encenação de Miguel Assis, conta com um grande elenco, entre os quais atores que regressam a uma casa onde iniciaram as suas carreiras ou na qual trabalharam durante muitos anos, como são os casos de Cristina Cavalinhos, Fernando Casaca ou Isabel Ganilho.


Do elenco também fazem parte os atores João Brás e Leonor Alcácer, que protagonizam a peça, aos quais se juntam, ainda, Duarte Victor e Miguel Assis do elenco do TAS e os atores convidados André Cortina, Cláudio Pinela, Diogo Leiria, José António Duarte, Mário Lobo, Olavo Nóbrega, Ricardo Guerreiro Campos, Ricardo Magro e a estreante Inês Tavares.
Com cenário de Luís Valido, concebido no Atelier Joana Vasconcelos, com quem o TAS mantém parceria, e figurinos de Sara Rodrigues, este espetáculo estreia no próximo dia 25 de março, pelas 21.30h, no Fórum Municipal Luísa Todi, com repetições no dia 26, à mesma hora, e no dia 27 de março, Dia Mundial do Teatro, às 17h. As fotografias de ensaios e de cena são de Pedro Soares.


Trata-se de uma obra publicada em 1602, escrita a pedido da Rainha Elizabeth I, que igualmente solicitou ao autor que incluísse a personagem que muito admirava, John Falstaff, um famoso fanfarrão e boémio que surge em “Henrique IV”.


Shakespeare cumpriu o pedido da Rainha e relatou as peripécias de Falstaff ao tentar seduzir duas senhoras casadas com o único intuito de obter vantagens financeiras, mulheres que, ao descobrir o plano, decidem vingar-se tentando desmascarar o protagonista deste enredo.


A ação desenrola-se em cinco atos repletos de sucessivos equívocos, enganos e simulações, a um ritmo hilariante.


Para o TAS “o texto é profundamente atual pela sua ironia e pela sua mordacidade, numa visão satírica e crítica sobre aqueles que procuram tirar partido da condição feminina para atingir outros objetivos e se promoverem económica e socialmente, ao mesmo tempo que ridiculariza os maridos que, desconfiando permanentemente das mulheres, fazem do ciúme a arma da sua conduta e caem no ridículo pelos excessos que são levados a cometer”, adiantando que “diferencia-se da restante obra dramática do autor por algumas particularidades, como por exemplo, ser a única escrita em prosa e por retratar o quotidiano da classe média.provinciana”.


A peça de William Shakespeare é baseada em dois livros de contos italianos, Le Tredici Piacevoli Notte de Straparola e Il Pecorone de Giovanni Fiorentino.