SOS Sado pede audiência a Presidente da República sobre dragagens

O movimento cívico SOS Sado acaba de anunciar que solicitou uma audiência ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, para debater as obras de dragagens que estão a decorrer no estuário da responsabilidade da Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS).

“Vimos apelar a uma audiência com a Presidência da República para que consigamos expor, de forma breve, a fragilidade e importância deste estuário – reconhecido internacionalmente, os perigos que esta obra acarreta, e a comprovada ineficácia deste investimento. Está em causa a morte de um dos ecossistemas mais importantes a nível nacional. Este grupo surge de uma iniciativa cívica realizada em Setembro de 2018 e representa, hoje em dia, perto de 12.000 cidadãos”, refere o SOS, na sua página do Facebook.

“Agradecemos toda a sua atenção e consideração, na expectativa de um retorno positivo, que tanto significaria para os cidadãos”, frisa.

O SOS Sado refere ainda que “este esforço de sensibilização é paralelo a outros esforços que estão a ser desenvolvidos, e dos quais vos daremos conta atempadamente. A luta está longe de estar terminada”.

Isto apesar do movimento sabr que o Presidente da República não pode tomar decisões sobre o Projecto de Dragagens do Rio Sado, vulgo Projecto de Melhoria das Acessibilidades Marítimas ao Porto de Setúbal.

“Compreendemos que estando fora das suas atribuições a matéria que causa este pedir, que a mesma tenha sido enviado para os gabinetes do Primeiro Ministro, Ministério do Ambiente e Ministério do Mar. Até à data, e não obstante o facto de estar a correr contra a obra uma providência cautelar, não fomos contactados pelos gabinetes correspondentes e a draga já opera no Estuário do Sado há três semanas”, salienta.

“No passado dia 20 de Dezembro, e tendo em conta a forte contestação da população de Setúbal e do País, O Projecto de Resolução do Partido Ecologista Os Verdes que visava a suspensão imediata da obra foi aprovado em Assembleia da República. No entanto, os efeitos práticos que daí deveriam decorrer, ou tão somente a reflexão em torno deste tão perigoso, destruidor e ineficaz projecto, parece não existir, pois a draga continua a operar sem qualquer tipo de restrição”, conclui.