Setúbal ganha mais um deputado

 

No próximo domingo, dia 4 de Outubro, os portugueses vão às urnas escolher o futuro governo e o primeiro-ministro do país para os próximos quatro anos. Estas eleições legislativas valorizaram o papel do círculo eleitoral de Setúbal que assumiu uma importância vital em número de deputados. É que ganhou mais um deputado, passando a eleger 18 parlamentares, em consequência do aumento de habitantes.

Por certo, já deu conta, que os comentadores políticos, entre os quais Marcelo Rebelo de Sousa, frisaram várias vezes que Setúbal, Lisboa e Porto, juntos, são quase os “responsáveis” pela eleição do novo governo. Daí, os líderes dos principais partidos apostarem em diversas campanhas em Setúbal, como comícios e arruadas, levando mesmo Passos Coelho e Paulo Portas a percorrer várias localidades do distrito e António Costa a estar aqui também diversas vezes e encerrar a campanha nesta cidade.

Setúbal, pouco a pouco, começa a recuperar a importância que teve nos anos setenta e oitenta, onde o Partido Comunista tem um forte impacto mas onde o PS e o PSD já conseguiram ganhar eleições legislativas. Recorde-se que há quatro anos, o PSD elegeu 5 parlamentares, tendo como cabeça de lista Maria Luís Albuquerque que depois assumiria a pasta das Finanças e voltou agora a liderar a lista de deputados da coligação Portugal à Frente. Os socialistas, então liderados por Vieira da Silva, um histórico do partido, também elegeu 5 deputados enquanto os comunistas, como o mesmo cabeça de lista, Francisco Lopes, elegeram quatro parlamentares, o CDS, com Nuno Magalhães, 2 deputados e o Bloco de Esquerda com Mariana Aiveca, um parlamentar.

Em 2015, a grande incógnita é saber se a coligação de direita consegue manter os 7 deputados (5 dos PSD e 2 do CDS-PP). Os bloquistas apostam forte numa da manas Mortágua, a Joana, enquanto a CDU quer reforçar a sua presença em Setúbal. Os socialistas apresentam Ana Catarina Mendes, já deputada e grande apoiante de António Costa.

De referir que a nível do país, o mapa oficial, aprovado pela Comissão Nacional de Eleições, determina que Santarém perdeu um deputado a favor de Setúbal, ou seja passa a eleger nove deputados e Setúbal irá escolher 18 parlamentares. Em todos os outros círculos, mantém-se a distribuição das eleições de 2011, apesar de nove círculos terem ganho eleitores (Aveiro, Braga, Faro, Lisboa, Porto, Setúbal, Açores e os círculos da Europa e Fora da Europa) e treze terem perdido (Beja, Bragança, Castelo Branco, Coimbra, Évora, Guarda, Leiria, Portalegre, Santarém, Viana do Castelo, Vila Real, Viseu e, ainda que ligeiramente, Madeira).

Nos círculos da emigração, o aumento mais significativo verificou-se no círculo Fora da Europa, que passou de 120.068 eleitores em 2011 para 164.273 eleitores, um aumento de 44.205 eleitores. Já o círculo da Europa ganhou pouco mais de 3 mil eleitores, passando de 75.114 em 2011 para 78.253 eleitores, de acordo com os dados fornecidos pela Secretaria Geral do Ministério da Administração Interna, relativa a 3 de agosto (e que ainda podem sofrer pequenas actualizações, já que o recenseamento só terminou a 4 de agosto).

O número de eleitores global também subiu, em cerca de 60 mil eleitores: são agora 9.682.823 os portugueses que poderão votar nas legislativas de 4 de outubro, contra os 9.621.076 de há quatro anos.