Rei D. Carlos desenhou e pintou Setúbal

A LASA vai apresentar o livro “Setúbal e Arredores na Obra Artística do Rei D. Carlos” em 7 de Dezembro, na Biblioteca Municipal de Setúbal, pelas 17h30.

A obra, em primeira edição, é devido ao trabalho de Francisco Borba, que recuperou apontamentos e indicações de seu pai, João Moniz Borba (1908-1977), fundador e director do Museu de Setúbal. Nesta obra, pode o leitor apreciar as reproduções de duas aguarelas e um pastel e de cerca de quarenta desenhos que D. Carlos, o rei-artista, fez sobre a região de Setúbal, abrangendo locais como a cidade do Sado, Palmela, costa de Sesimbra, cabo Espichel e Tróia.

A obra contém uma nota introdutória assinada por Francisco Borba, que relata a razão de ser deste projecto e o historial do levantamento que seu pai fez das peças artísticas que D. Carlos dedicara à região, e um texto de enquadramento quanto à pertinência e importância da iniciativa assinado pela historiadora de arte e museóloga Raquel Henriques da Silva, que, a dado momento, explica o interesse do rei pela arte: “o desenho, a aguarela e a pintura constituíram, para D. Carlos, uma busca e registo da beleza da natureza e das gentes, mas também a determinação de os conhecer e de os explicar.” A completar a obra há ainda o registo facsimilado das fichas descritivas elaboradas por João Moniz Borba, bem como uma nota sobre o seu contributo para a preservação do património em Setúbal.

Para a concepção desta obra houve a colaboração da Fundação Casa de Bragança e do Museu Nacional Soares dos Reis, bem como o recurso a arquivo de família. Foram parceiros na edição instituições como o BPI, a Navigator, a Secil e Herdade da Gâmbia.

Este livro, com cerca de 90 páginas, torna-se um elemento importante para o estudo da obra artística do rei D. Carlos e para o reconhecimento da forma como a região de Setúbal tem sido percepcionada por quem a visita.