PSD perplexo com intenção de encerramento da urgência de obstetrícia do Barreiro

A Comissão Politica Distrital de Setúbal do PSD manifesta “perplexidade” com o estudo da Comissão de Acompanhamento das urgências de obstetrícia e blocos de partos nos hospitais do Serviço Nacional de Saúde (SNS) que propõe encerrar a urgência de obstetrícia do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo.

“Como é possível que num Centro Hospitalar, que abrange os concelhos do Barreiro, Montijo, Alcochete e Moita, que serve mais de 200 mil habitantes, o Governo possa sequer ponderar encerrar uma valência tão importante como a urgência de obstetrícia. Esta situação é tanto mais estranha quando se sabe que em 2021 esta unidade hospitalar fez um total de partos 1400 e que, até final de Agosto deste ano, já tinham sido efetuados 1025 partos”, refere a Distrital do PSD.

“É inaceitável que o PS, que desde 2015 está à frente dos destinos do país, ao invés de tomar medidas que evitem a crescente degradação do SNS e melhore os serviços prestados à população, aposte na desqualificação de uma unidade de saúde, que é fundamental para um distrito com cerca de 900 mil habitantes, e no encerramento de serviços. Esta medida, a confirmar-se, merece o nosso absoluto desacordo, considerando-a infundada, desconhecedora da realidade e absolutamente desproporcional face às necessidades da população abrangida pelo Centro Hospitalar do Barreiro-Montijo”, adianta.

O PSD lembra que Setúbal com cerca de 900 mil habitantes foi o distrito que teve um maior crescimento da população nos últimos Censos, e por isso “é imperioso apostar mais na saúde, no reforço do SNS e melhorar os serviços prestados à população e não encerrar serviços e desqualificar os equipamentos de saúde”.

A Comissão Politica Distrital irá desde já pedir uma reunião ao Conselho de Administração deste Centro Hospitalar e à ARS de Lisboa e Vale do Tejo, de forma a apurar a veracidade desta intenção do Governo.

“Desafiamos igualmente o Presidente da Federação do PS, bem como os deputados deste Partido, a repudiar esta proposta de forma a evitar mais uma medida lesiva dos interesses dos nossos concidadãos”, conclui.