Preço da venda das casas continua a subir mas de forma ligeira

O Imovirtual, portal imobiliário de referência, divulgou, o seu barómetro relativo à evolução dos preços médios anunciados de arrendamento e venda, em Portugal. Os dados agora partilhados referem-se ao comparativo de setembro com outubro deste ano e com o período homólogo, outubro de 2022.

Em relação ao valor médio dos imóveis para arrendar, verifica-se um aumento na renda média de +38%, estando 463 euros mais caro, quando comparado com o mesmo período do ano passado. Apesar de desde o início do ano, se ter verificado uma ligeira estabilização dos valores médios, verificámos que em outubro houve um aumento (+7%), fixando-se agora em 1 696€.

O mesmo aconteceu com os preços da venda de casas, embora a subida tenha sido mais atenuada. De forma geral, comprar uma casa continua a ser cerca de 40 754 € mais caro, do que em outubro do ano passado. No que ao preço médio de venda diz respeito, verifica-se uma ligeira subida em outubro, em relação a setembro (+3%), fixando-se em 437 970€. Em comparação com o período homólogo de 2022, que registou um valor médio de venda de 397 215€, há um aumento de +10%, com as casas a ficarem quase quarenta mil euros mais caras.

Relativamente à designação do imóvel, verificámos que, ao contrário do mês passado, o valor dos imóveis está a ser mais influenciado pelos apartamentos, que tiveram um crescimento de 5% quando comparado com o mês passado. Comprar um apartamento, atualmente, custa, em média, 414 305€, um crescimento de 10% face ao período homólogo. Enquanto que uma moradia teve um aumento mais ligeiro, custa, em média, cerca de 466 476€, uma subida de 10%, quando comparado com outubro de 2022.

Quanto à tipologia, todas tem tido subidas nos seus preços, contudo, as casas T2 e T3 são as tipologias que mais subiram o preço (+15% e 13%, respetivamente), quando comparado com os valores de 2022. Em contrapartida, o T0 é a única que tem mantido os preços praticamente semelhantes.

Arrendamento – Distritos e Ilhas em destaque:

Portalegre (+19%), Santarém (+18%) e Aveiro (+10%) são os distritos com maior aumento da renda média em outubro, face ao mês anterior, com os valores a subirem para 647€, 949€ e 1 004€, respetivamente.

Em contrapartida, Beja foi o único distrito que registou uma descida da renda média em outubro (-15%), comparativamente com setembro, descendo para 616€. Segue-se o distrito de Évora (0%), que continua a ser um dos que os preços médios tendem vir a baixar e onde a renda média se fixa, atualmente, em 763€.
Comparativamente com outubro do ano passado, existiu uma subida dos valores de arrendamento de forma geral em praticamente todos os distritos, nomeadamente: Portalegre (+69%) que regista o maior aumento da renda média, que passa de 382€ para 647€; Aveiro (+45%), passa de 693€ para 1 004€, Leiria (+44%) passa de 744 € para 1 074€, Santarém (+43%), passa de 662€ para 949€, Faro (+37%), que passa 1 022€ para 1 396€ e Setúbal e Lisboa (+36%), que passam de 1 074€ para 1 423€ e 1 772€ para 2 407€, respetivamente.

Em relação aos distritos em que houve uma diminuição do preço médio de arrendamento, comparado com o período homólogo, Beja (616€) foi o que registou a maior descida (-20%). Seguindo-se Évora (-15%), onde a renda média se fixa, atualmente, em 763€ e Castelo Branco, com uma descida de -4%, tendo agora uma renda média de 580€.

De forma geral, Bragança (537€), Castelo Branco (580€), Guarda (591€) e Beja (610€) são os distritos mais baratos para arrendar casa, em outubro. Lisboa continua a ser o mais caro, com a renda média acima de dois mil euros (2407€), seguindo-se Setúbal (1 423€), Porto (1 406€), Faro (1 396€) e Leiria (1 074€) – este último agora com a renda acima dos mil euros.


VENDA – Distritos e ilhas em destaque:

No continente, de forma geral, todos os distritos mantiveram subidas muito ligeiras, à exceção de Lisboa (+4%, para 652 313€), que foi o distrito com o maior aumento do preço médio de venda em outubro, face a setembro. Seguindo-se o Porto (+3%), com os valores a fixarem-se em 392 828€.
Em contrapartida, Guarda foi o distrito que registou uma descida da renda média em outubro mais acentuada (-4%), comparativamente com setembro, descendo para 126 199€. Segue-se o distrito de Portalegre (-2%), onde o preço médio se fixa, atualmente, em 137 873€. Vila Real, Viseu e Coimbra também registaram uma ligeira descida (-1%), com os valores a passarem para 191 753€, 205 732€ e 227 759€, respetivamente.

Quanto à comparação com o ano anterior (outubro 2022), o distrito que registou um maior aumento no preço das casas, foi Beja (+26%), onde os valores sobem de 148 072€ para 187 025€. Seguindo-se Castelo Branco (+21%, de 121 847€ para 147 366€), Portalegre (+19%, de 115 725€ para 137 873€) e Viseu e Santarém (+14%, de 180 925 € para 205 732€ e 196 022 para 222 566€, respetivamente).

Évora (-9%) mantém-se o único distrito que, face a outubro do ano passado, registou uma quebra do preço médio de venda, passando de 279 957€ para 254 565€. Por sua vez, Guarda (1%) e Lisboa (3%) foram os únicos distritos que tiveram subidas muito ligeiras, passando de 124 883€ para 126 199€ e 633 744€ para 652 313€.

Guarda (126 199€), Portalegre (137 873€) e Castelo Branco (147 366€) mantiveram-se os distritos mais baratos para comprar casa em outubro. Os mais caros foram Lisboa (652 313€), Faro (621 543€) e Setúbal (414 566€).

Em relação às ilhas, o preço médio de venda em outubro, face a setembro, não teve grandes oscilações à exceção da Ilha da Madeira (+4%, que passou de um valor de 485 105euros para 569 339euros), Ilha de Porto Santo (+3% para 390 074€) e Ilha das Flores (+2%, fixando-se em 206 931€).

Quando comparado com outubro de 2022, Ilha da Graciosa (66%, que passou de um valor de 76 747euros para 127 520euros), Ilha de Porto Santo (57% para 390 074€), Ilha do Corvo (46%, fixando-se em 238 904€) e Ilha do Faial (45%, para 223 241€) foram as ilhas com valores mais elevados.

Apesar da Ilha da Graciosa (127 520€) ter tido um dos maiores aumentos, manteve-se a ilha mais barata para comprar casa em outubro. Enquanto que o Funchal (569 339€) se manteve o mais caro.