POR Lisboa 2020 canaliza 3.8 milhões de euros para território de intervenção da ADREPES

O Portugal 2020 permitiu à ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal ter acesso a um pacote de fundos estruturais e de investimento (FEEI) decorrentes do Programa Operacional Regional (POR) Lisboa 2020, através do FEDER (Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) e do FSE (Fundo Social Europeu).

Este programa permitiu financiar a Estratégia de Desenvolvimento Local (EDL) promovida pela ADREPES, suportada na abordagem LEADER (Ligação entre Ações de Desenvolvimento da Economia Rural) através da mobilização do instrumento financeiro DLBC (Desenvolvimento Local de Base Comunitária).
Este instrumento (DLBC) visa a dinamização económica dos territórios rurais, costeiros ou urbanos economicamente fragilizados ou de baixa densidade, contribuindo assim para a melhoria da qualidade de vida das populações locais.

Neste seguimento, a ADREPES, através do POR Lisboa 2020 teve a possibilidade de financiar projetos em três vertentes: rural, costeira e urbana. O DLBC permitiu financiar iniciativas de inclusão social, nomeadamente de combate à pobreza e à exclusão social através de medidas inovadoras e de empreendedorismo social em territórios urbanos desfavorecidos. Por outro lado, permitiu ainda a concertação estratégica e operacional entre as vertentes rural e costeira através do apoio ao empreendedorismo, da criação de emprego sustentável e com qualidade e da integração urbano – rural.

No que concerne à vertente rural, o acesso ao FEDER e o FSE correspondeu às expetativas e revestiu-se da máxima importância para o território de intervenção da ADREPES. Estes fundos permitiram à ADREPES financiar um conjunto de investimentos que, sem acesso ao POR Lisboa 2020, teriam ficado a descoberto.

O financiamento através destes fundos permitiu complementar a estratégia aprovada para as zonas rurais, financiada pelo PDR (Programa de Desenvolvimento Rural) 2020, ou seja, foi uma forma de aumentar o ‘budget’ para o território e de disponibilizar às comunidades locais uma panóplia de oportunidades de financiamento.

Foram financiados dezenas de projetos em todos os setores de atividade, exceto a pesca e a agricultura, dado que tinham financiamento direto pelo Programa Operacional MAR 2020 e pelo PDR 2020. A diversidade de projetos apoiados (pequenos investimentos até 100.000 euros) nos diferentes setores de atividade foi de tal ordem que podemos afirmar que o POR Lisboa permitiu promover o desenvolvimento local, no verdadeiro sentido da palavra, ou seja, dar resposta às diferentes necessidades das comunidades locais.

Falamos de, cerca de, 40 projetos que permitiram criar postos de trabalho e/ou manter os existentes, cujo investimento total ascende a 3,8 milhões de euros e o financiamento a, aproximadamente, 3 milhões. Não podemos deixar de mencionar que durante a implementação do POR Lisboa, bem como dos outros programas, o mundo foi assolado pela pandemia da covid-19 e que, mesmo assim, é de enaltecer a coragem e a resiliência dos nossos empreendedores para prosseguirem com os seus investimentos. A título de exemplo, poderemos mencionar projetos que financiamos de cariz social destinados a dar resposta às necessidades das instituições como o Centro Social de Palmela, a CERCIZIMBRA (Cooperativa para a Educação e Reabilitação dos Cidadãos Inadaptados de Sesimbra) ou a Cáritas de Setúbal.

Poderíamos também mencionar o apoio a projetos de turismo, imobiliárias, oficinas, inovação e transição digital, serviços, chocolataria, panificação, pastelaria, carvão vegetal…

Em jeito de conclusão ressalvamos a importância do trabalho de proximidade desenvolvido pela ADREPES, junto das comunidades locais, que são os destinatários e, simultaneamente, beneficiários destes fundos.

Natália Henriques, diretora executiva da ADREPES