Politécnico de Setúbal desafia alunas do básico e secundário a ser “Engenheiras por um dia”

O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) está a percorrer vários agrupamentos de escolas da Área Metropolitana de Lisboa e região Centro com um conjunto de atividades que visam estimular o interesse das jovens alunas pelas áreas das engenharias e tecnologias, no âmbito do programa governamental “Engenheiras por um dia”, do qual é parceiro.



Conceber e construir pontes de esparguete capazes de resistir a vários quilos de carga, aprender como se extrai DNA dos morangos e ter oportunidade de o visualizar em gel de agarose sob luz UV, ou ainda participar no processo de produção caseira de biodiesel, são alguns dos desafios práticos e laboratoriais que têm vindo a ser propostos desde o início de fevereiro, em estabelecimentos de ensino de Vila Franca de Xira, Barreiro, Caldas da Rainha e Lisboa.



Dinamizadas por uma equipa de docentes e estudantes da Escola Superior de Tecnologia do Barreiro (ESTBarreiro/IPS) estas experiências, em que estiveram envolvidos até ao momento cerca de 200 alunos, do 8º ao 12º anos, visam combater estereótipos de género no que toca às opções escolares e de carreira, ajudando a desconstruir a ideia enraizada de que as engenharias e as tecnologias são domínios exclusivamente masculinos.



O IPS é uma das 15 instituições de ensino superior parceiras do programa “Engenheiras Por Um Dia”, lançado pela Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade em 2017, e tendo já chegado a mais de 10 mil estudantes dos ensinos básico e secundário, em ações de mentoria e role model e desafios práticos e laboratoriais. Integra igualmente, desde dezembro, a Aliança para a Igualdade nas TIC (Tecnologias de Informação e Comunicação), que pretende ser um instrumento de reforço da participação feminina no processo de transição digital.



Também através do projeto SONDA2026, aprovado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), a instituição prevê criar duas bolsas de estudo para mulheres, no valor das propinas do curso, para cada curso de curta duração (CTeSP), e 10 bolsas anuais, no valor de 1 500 euros, de que beneficiarão as estudantes que frequentem com sucesso cursos de pós-graduação e mestrado nas áreas de competências digitais.



Adicionalmente o IPS vai também premiar com regularidade anual, no montante de 5 000 euros, as escolas do ensino básico e secundário que melhor promovam a igualdade de género e a adesão das raparigas às áreas STEAM (Science, Technology, Engineering, Arts and Mathmetics), e apostar na organização de três Escolas de Verão, centradas nas competências digitais, destinadas a raparigas e a jovens desfavorecidos a frequentar o ensino básico.