Politécnico de Setúbal cria bosque Miyawaki no seu campus

O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) vai ter um pequeno bosque mediterrânico no seu campus de Setúbal. Trata-se de um projeto que envolve a comunidade académica e a região e que surge como mais um contributo da instituição para o enriquecimento da biodiversidade local.

Na semana em que se celebra Dia da Floresta Autóctone, a 23 de novembro, serão plantados cerca de dois mil pés de árvores e arbustos de espécies como medronheiro, zelha, aroeira, trovisco, roselha, aderno-de-folhas-largas, entre outras das 40 selecionadas para representar a flora nativa.

Depois de vencer o Concurso IPS Sustentável em 2022, com o apoio do Santander Totta, o projeto será agora posto em prática graças a uma conjugação de esforços entre estudantes, professores, trabalhadores não docentes e alguns parceiros da comunidade externa, como são os casos da Marca – Associação de Desenvolvimento Local, Navigator, Secil, juntas de freguesia do Sado e de São Sebastião, União de Freguesias de Setúbal e União Freguesias de Poceirão e Marateca.

Para assinalar a efeméride no dia 23 de novembro, está prevista uma sessão simbólica de plantação de árvores e arbustos, com início pelas 14h30, onde estarão presentes a presidente do IPS, as direções das cinco escolas superiores e representantes das várias entidades parceiras envolvidas.

Este bosque será criado segundo o método Miyawaki, que tem inspirado a plantação de centenas de miniflorestas urbanas por todo mundo, e que encontra condições adequadas no campus de Setúbal do IPS, que conta com cerca de 22 hectares de área total e cujo valioso património natural tem vindo a ser objeto de estudo e valorização, através de várias outras ações.

A criação de pequenos bosques de flora autóctone é um método já muito estudado de recuperação da diversidade genética, fixação de carbono, promoção da biodiversidade, combate às alterações climáticas, melhoria da qualidade do ar, aumento da capacidade de retenção de água no solo e recuperação paisagística de terrenos alterados pelo homem. Este projeto pretende ainda replicar o conceito na região, nomeadamente nas escolas da rede Eco-Escolas e dos Clubes Ciência Viva.