Os vinhos da península de Setúbal brilharam na 10.ª edição do Concurso Uva de Ouro, com a conquista de 18 medalhas de ouro e 3 de prata.
Quase uma centena de especialistas juntaram-se para avaliar às cegas mais de 600 vinhos da garrafeira do Continente. Para o enólogo Jaime Quendera, os dez anos de existência dos Prémios Uva de Ouro só provam “a necessidade que havia de se criar um concurso de vinhos de fácil acesso”.
O concurso de vinhos Uva de Ouro, cuja primeira edição foi realizada em 2013, distingue-se pelo seu objetivo claro de democratização do acesso a vinhos de qualidade, medalhados, por parte de um público mais vasto.
Para materializar este objetivo, são essenciais dois pontos: a avaliação dos vinhos disponíveis numa das maiores garrafeiras nacionais – a das lojas Continente -, a par com uma divulgação de conteúdos e debate esclarecido de várias temáticas respeitantes à vitivinicultura no nosso país.
O Prémio Uva de Ouro, ao longo das suas edições, contribuiu para alavancar a visibilidade e reconhecimento da qualidade dos vinhos portugueses e também para incentivar o interesse dos portugueses em alargar os seus conhecimentos sobre vinhos.
Seguindo parâmetros internacionais e com a garantia de isenção do Instituto da Vinha e do Vinho, o Prémio Uva de Ouro tem vindo a alcançar, de ano para ano e com sucesso crescente, o objetivo a que se propôs inicialmente.
A Casa Ermelinda Freitas conquistou 11 medalhas de ouro, entre vinhos tintos, brancos e licorosos: Casa Ermelinda Freitas Sauvignon Blanc & Verdelho 2022; Casa Ermelinda Freitas Touriga Nacional Reserva 2020 (tinto); Dona Ermelinda Branco 2022; Vinha da Valentina Tinto (colheita) 2020; Dona Ermelinda Tinto Reserva 2021; Vinha da Valentina Premium Branco 2022; Vinha da Valentina Branco (colheita) 2022; Vinha da Valentina Sauvignon Blanc 2022; Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal; Casa Ermelinda Freitas Syrah Reserva 2021; Terras do Pó Tinto 2022, e ainda uma de prata com Terras Do Pó Branco 2022.
Leonor Freitas, proprietária da Casa Ermelinda Freitas, disse que “é extremamente gratificante pensar que estamos a oferecer um bom produto aos nossos consumidores, a bom preço, e conseguimos fazer um bom vinho, prestigiar a região e Portugal que tem muitos bons vinhos e temos, cada vez mais, saber valorizá-los” sublinhando que “se a Casa Ermelinda Freitas poder colaborar nisso é a minha melhor compensação, do esforço e do trabalho que são de há quatro gerações e que já está a quinta também a funcionar”.
“Quando pensamos que foi uma casa que nasceu humildemente, que vendia vinho a granel, e que depois vou para lá, que não estava preparada para o mundo rural, transformo e começo a fazer marcas, aquilo que as gerações anteriores me passaram de amor à terra, e eu que quero passar isso, de que vale a pena o esforço, e estes prémios é uma maneira de eles sentirem que vale a pena, porque não é fácil e nem tudo são rosas”, adianta.
Leonor Freitas afirma que estes prémios têm “uma influência enorme” para “incentivar os nossos colaboradores para ver que vale a pena as nossas exigências e trabalhar bem, ter boas uvas”, deixando uma “gratidão ao nosso enólogo e a todos os colaboradores”.
“Concorremos desde o início, e temos vindo sempre a aumentar as medalhas de ouro, o que é espetacular”, conclui.
“Vinhas da Invejosa”, da adega Filipe Palhoça, Tinto 2020, ganhou uma medalha de ouro.
A “Adega De Pegões Touriga Nacional”, Tinto 2021, e “Contemporal”, Branco 2022, da mesma adega, foram também distinguidos com medalhas de ouro.
“Conde De Calhariz”, Tinto 2022, da José Maria da Fonseca (JMF) e “José Maria Da Fonseca
10 Anos Superior, Moscatel Doc Setúbal”, receberam também medalhas de ouro.
“Albenaz Mesa De Honra Premium, Tinto 2022”, marca exclusiva do Continente, Regional Península De Setúbal, recebeu também uma medalha de ouro.
O “Chafariz De D. Maria”, Branco 2022, da Adega de Palmela, foi também distinguido com ouro. Moscatel de Setúbal Chafariz D. Maria ganhou uma medalha de prata.
Com medalha de prata foi ainda distinguido “Herdade Da Comporta, Tinto 2020.
