Morreu a actriz Adelaide João

Faleceu hoje, 3 de Fevereiro, a actriz Adelaide João, aos 99 anos, vítima de Covid-19.
Adelaide João vivia na Casa do Artista, em Lisboa, há vários anos, “local onde morreu esta manhã vítima do novo coronavírus”, confirmou fonte ligada à instituição.
É a segunda vítima mortal do surto de covid-19 na Casa do Artista. Cecília Guimarães morreu dia 1 de Fevereiro, no Hospital Santa Maria.
Adelaide João teve papel relevante no grupo Teatro o Bando, companhia sedeada em Palmela.
Começou como actriz amadora no grupo de teatro da “Philips”.

O seu talento leva-a a ser convidada pelo realizador Artur Ramos para fazer televisão, estreia-se assim como actriz de televisão (RTP) em “Fim de Semana em Madrid” (1960).[4] Na RTP faz peças como: “A Intrusa” (1960), “A Castro” (1961), “Eva e Madalena” (1962)…[5]

Em 1961 faz a peça “O Consultório” no Teatro Nacional D. Maria II.[6]

Em 1962 participa na peça “A Rapariga do Bar” no Teatro da Trindade (Companhia Nacional de Teatro)[7].

Ainda em 1962, parte para Paris para estudar teatro, sendo-lhe atribuída uma bolsa de estudo pela Fundação Calouste Gulbenkian. Trabalha em várias companhias teatrais francesas.[8]

Em 1965 regressa a Portugal, volta à televisão e integra o elenco da Companhia do Teatro Estúdio de Lisboa (dirigida por Helena Félix e Luzia Maria Martins).[9]

Nos anos seguintes integra a Companhia do Teatro Experimental de Cascais, Teatro Maria Matos, Casa da Comédia, Empresa Vasco Morgado ou Teatro o Bando.[10]

Na televisão faz várias séries, telenovelas, telefilmes e teleteatro. Participa nas primeiras telenovelas portuguesas: “Vila Faia” (1982), “Origens” (1983), “Chuva na Areia” (1985) e “Palavras Cruzadas” (1987). Em séries como: “Histórias Simples da Gente Cá do Meu Bairro” (1965), “Sete Pecados Mortais” (1966), “Xailes Negros” (1986), “Cobardias” (1988), “A Árvore” (1991), “Débora” (1998), “A Loja do Camilo” (2000), “Os Batanetes” (2004), “Aqui Não Há Quem Viva” (2007), “Um Lugar Para Viver” (2009)… e novelas como “Nunca Digas Adeus” (2001) ou “Tudo por Amor” (2002)…

Teve papel relevante no grupo Teatro o Bando. Participou num grande número de filmes (portugueses e franceses), trabalhando com realizadores tão diversos como Ernesto de Sousa, José Fonseca e Costa, Manoel de Oliveira, Fernando Lopes, Ricardo Costa, entre outros.