Monte do Vale Doja ganha 1.º Concurso de Medronho de Odemira

O “Monte do Vale Doja”, do produtor Joel Rosalino, ganhou o 1.º Concurso de Medronho, promovido pela ARBUTUS – Associação para a Produção do Medronho do Sudoeste Alentejano, na FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, a 23 de julho, que contou com a participação de 10 produtores oriundos do concelho.


O vencedor recebeu um prémio monetário de 100 euros e ainda 150 euros atribuídos pela Caixa de Crédito Agrícola de S. Teotónio.


O 2.º lugar foi para “Monte da Quebradiça”, do produtor António Piedade, recebendo 50 euros e ainda 10 euros da Caixa de Crédito Agrícola de S. Teotónio.


Em 3.º lugar, em ex-áqueo, ficou “Monte da Serra” e “Aguardante de Medronho Foz do Touril”, do produtor António Rodrigues Fernandes, recebendo 25 euros e ainda 50 euros atribuídos pela Caixa de Crédito Agrícola de S. Teotónio.


Francisco Guerreiro, membro da ARBUTUS, explicou que este concurso foi uma forma de “juntar e motivar as pessoas a produzir e melhorar a fileira do medronho”, destacando a presença no júri a professora Ludovina Galego, da Universidade do Algarve, que é especialista nas análises de medronho, com a qual “temos feito ações de formação”, e ainda do presidente da assembleia-geral da associação, o vice-presidente do município, Ricardo Cardoso, um representante da Junta de Freguesia de S. Teotónio e de uma produtora de medronho, que decidiram com base numa prova cega.


“O pessoal mais novo, está mais motivado para produzir melhor, já que pelo método artesanal as pessoas vão adquirindo conhecimentos ao longo da vida, mas vão melhorando com a parte científica, disse ainda Francisco Guerreiro.


No concelho de Odemira existem 15 produtores, com processo burocrático em ordem, que vendem para os mercados regional e nacional.
O medronho é essencialmente produzido nos concelhos de Odemira, Monchique, Almodôvar e Silves.


“Há gente nova a aparecer, que nem é da área agrícola, e está entusiasmada com a produção e medronho” porque é “um produto que está na moda”, disse ainda Francisco Guerreiro, lembrando que o processo de produção é “moroso porque os terrenos são irregulares e a apanha difícil porque os medronhos não amadurecem ao mesmo tempo, e a fermentação durante dois meses e com cuidado porque se apanhar muito contacto com o ar, a tendência é oxidar e ficar ácido e a destilação precisa de ser bem feita, encarecendo bastante o produto e o preço final de medronho tem de ser caro”.