Ministra do Trabalho apelou aos estudantes do Politécnico de Setúbal para “apostar em Portugal”

A ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, salienta o “poder transformador da formação e das qualificações” e a importância de os jovens escolherem Portugal para viver e trabalhar, uma decisão que é “crítica para o nosso futuro coletivo”, na sessão de abertura da 9.ª edição da Semana da Empregabilidade do IPS, 6 de março, no Auditório Nobre no Instituto Politécnico de Setúbal (IPS).


No evento que mobiliza mais de 140 empresas e organizações, a governante felicitou a instituição pela “capacidade que tem tido de uma grande ligação ao mercado de trabalho”, o que se traduz na sua taxa de empregabilidade, a segunda maior do Ensino Superior Politécnico, mas também em exemplos concretos, como os de Luís Oriola e Sofia Figueiredo, os dois intérpretes de Língua Gestual Portuguesa presentes na sala. Ambos diplomados do IPS e econhecidos por todos, dada a sua presença diária nos ecrãs de televisão desde o início da pandemia, são “a prova viva da importância do IPS na nossa vida coletiva”, destacou Ana Mendes Godinho.


Falando para um auditório maioritariamente composto por estudantes, que ao longo desta semana de atividades terão várias oportunidades de contacto com potenciais empregadores, a ministra do Trabalho lembrou o lançamento recente da Agenda do Trabalho Digno, que abrange cerca de 70 medidas para valorização dos jovens no mercado de trabalho, bem como o investimento de cerca de 1 500 milhões de euros previsto no PRR para a área da formação, como instrumentos de atração e retenção de talento jovem.


“As qualificações são hoje o bem mais disputado entre países. Os países digladiam-se por conseguir atrair e fixar jovens. E é isso que hoje estamos aqui a fazer, a dizer-vos que apostem em Portugal para viver e trabalhar, porque Portugal precisa mesmo de vós”, rematou, em jeito de apelo.


Na sua intervenção, a presidente do IPS, Ângela Lemos, enquadrou a Semana da Empregabilidade numa “lógica de interface do ensino superior com o ecossistema regional, criando bases para o desenvolvimento regional e para o tecido produtivo”, e elencou as várias medidas promovidas pela instituição no sentido de preparar os futuros diplomados para a entrada no mercado de trabalho. Além da formação técnica e científica, a responsável colocou especial enfoque nas “competências transversais” ou “do futuro”, como hoje se designam, adquiridas, por exemplo, através de experiências de voluntariado ou de internacionalização.


Ângela Lemos, assumiu, em nome do IPS, o “compromisso de formar profissionais de qualidade, contribuindo para o desenvolvimento do país”, lembrando, no entanto, que esse diplomados “necessitam de condições para se afirmar no mercado de trabalho nacional”, através de “políticas promotoras do trabalho digno em todas as suas dimensões, que promovam o combate à precariedade das relações laborais e o emprego mais inclusivo”.


Também presente na sessão de abertura, Ivan Svac, o presidente da Associação Académica (AAIPS), que é parceira na organização da iniciativa, destacou Semana da Empregabilidade como sendo atualmente “o maior evento de emprego do ensino superior”, cuja importância é inestimável para “apoiar a transição dos nossos diplomados para o mercado de trabalho”.


A decorrer até sexta-feira, a iniciativa terá o seu ponto alto na Feira de Emprego, agendada para os dias 8 e 9 de março, que contará com a presença da ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, para uma intervenção no seu dia de abertura, pelas 16h00.


O programa detalhado pode ser consultado no portal do IPS, em www.ips.pt.