Manifestação contra dragagens no Sado

O Clube da Arrábida, os grupos de cidadãos “Sado de Luto” e SOS Sado, as associações ambientalistas Zero, Quercus e LPN, a Sesibal, vão organizar uma manifestação contra o início da obra de alargamento e aprofundamento do canal marítimo de acesso ao porto de Setúbal, no próximo sábado, dia 13 de Outubro, pelas 16h00, no jardim Luís da Fonseca (frente ao Inatel).

Para os organizadores deste protesto “Não às dragas”, “esta obra poderá ser uma das maiores catástrofes ambientais que a Arrábida e o rio Sado alguma vez enfrentaram”.

“Se querem fazer a diferença, apareçam no sábado, façam ouvir o vosso descontentamento. Não faltem! Partilhem e convidem todos os vossos contactos. A Arrábida agradece”, apelam os organizadores da manifestação.

Em causa está a empreitada de melhoria das acessibilidades marítimas ao porto de Setúbal, consignada em 12 de Setembro, numa cerimónia presidida pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, que prevê a retirada de 6,5 milhões de metros cúbicos de areia do estuário, com um profundidade de 15 metros, e depositá-la novamente no rio, ao largo de Tróia (frente empreendimentos turísticos de Pestana e Soltróia) e ainda na zona do porto de Setúbal, a seguir ais cais concessionados.

Os contestatários das dragagens, entre outras preocupações como o desaparecimento da areias das praias da Arrábida, alertam para o perigo de desaparecimento da população de golfinhos (roaz-corvineiro) e de muitas outras espécies que se reproduzem no estuário do Sado, uma zona protegida que é reconhecida como uma autêntica maternidade marinha, bem como para a possibilidade de se verificarem movimentações de areias das praias para o canal de navegação.