Irlandês Bill Rolston em Setúbal para falar de muralismo

O projeto “Histórias que as paredes contam – 50 anos de muralismo em Setúbal” encerra no dia 30 de janeiro, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, num encontro ao final da tarde com o especialista irlandês Bill Rolston.

“Dos Troubles ao Brexit – a expressão moralística na Irlanda do Norte” dá título à conferência, agendada para as 18h30, de entrada gratuita, na qual Bill Rolston, referência internacional em matéria de muralismo, partilha com o público o exemplo norte-irlandês em Setúbal.

Catedrático emérito da Universidade do Ulster, Bill Rolston tem vasta obra publicada, a título individual e com parcerias, incluindo um levantamento fotográfico exaustivo no qual documenta a evolução do fenómeno muralista nas paredes norte-irlandesas desde o ano de 1981.

Bill Rolston, nascido em 1946 e residente em Belfast, cidade que acolhe aquele que é considerado o mural mais fotografado do mundo, de homenagem a Bobby Sands, esteve em Portugal em 1978, altura em que inúmeras pinturas davam vida a fachadas e muros.

A conferência conta ainda com as participações do vereador da Cultura na Câmara de Setúbal, Pedro Pina, e do investigador setubalense Luís Humberto Teixeira, autor, com Helena de Sousa Freitas, de um álbum sobre a expressão mural em Setúbal a lançar em abril deste ano.

O projeto “Histórias que as paredes contam”, contou com mais quatro encontros, o primeiro a 5 de setembro, no Museu do Trabalho Michel Giacometti, com o chileno Alejandro “Mono” González, considerado o mais antigo muralista em atividade, a falar sobre “Muralismo: efémero na malha urbana, perene na memória”.

Seguiram-se “Que lugar para o mural num espaço público sobrelotado?”, a 28 de outubro, na União Setubalense, “O muralismo como meio de comunicação. Alternativo ou coincidente?”, a 25 de novembro, na Casa da Cultura, e “Murais e graffiti – estética e conteúdo na arte política de rua”, a 7 de dezembro, na Escola Superior de Educação.

Este projeto, coordenado pela investigadora Helena de Sousa Freitas, inclui ainda a execução de cinco murais por artistas de diferentes gerações, a organização de duas mostras fotográficas, a publicação de um álbum sobre o muralismo em Setúbal e a realização de um documentário sobre o processo criativo do conjunto de atividades

O ciclo de encontros “Histórias que as paredes contam – 50 anos de muralismo em Setúbal” está integrado nas comemorações locais dos 50 anos do 25 de Abril, através do projeto “Venham mais Vinte e Cincos”, numa organização da Câmara Municipal de Setúbal com várias parcerias.