Guerra de palavras entre Dores Meira e secretário de Estado João Costa

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, e candidata da CDU derrotada nas eleições autárquicas de 26 de Setembro, em Almada, lançou um duro ataque ao secretário de Estado Adjunto da Educação, o socialista João Costa.

Em causa estão afirmações sobre o Parque de Merendas da Comenda que foi encerrado pelos novos donos da propriedade da Arrábida.

Maria das Dores Meira acusa secretário de Estado


Maria das Dores Meira, afirma na sua página do Facebook, que o secretário de Estado Adjunto e da Educação “brindou-me, há dias, na sua página de Facebook, com uma publicação sobre o parque de merendas da Comenda indigna de quem ocupa um cargo governamental”.

“Além das afirmações destituídas de rigor e verdade que produziu; além da absoluta falta de educação e deselegância do comentário, para não ir mais longe, dá-se ao luxo de, publicamente, revelar conversas que diz ter mantido comigo. Muito se poderia dizer sobre esta atitude, mas o mais importante é mesmo questionar o senhor secretário de Estado se tem por hábito revelar, publicamente e sem autorização, conversas que tem com outros titulares de cargos políticos, como é o meu caso”, acusa a autarca.

Maria das Dores Meira acusa ainda João Costa de lhe ter dito o seguinte: “que eu tinha mesmo de me candidatar para tirar Inês de Medeiros de Almada, porque lá as pessoas gostavam do PS, mas não gostavam da presidente da Câmara. Além disso, dizia ainda que eu faria lá muita falta”.

O secretário de Estado Adjunto João Costa


Já João Costa em reação a estas acusações, afirma tambám na sua página do Facebook, que “Maria das Dores Meira, em reação a publicação que aqui fiz, lamentando enquanto setubalense, o quanto a Câmara Municipal de Setúbal anunciou e não fez em relação ao usufruto dos cidadãos de espaços de circulação no Parque Natural da Arrábida, resolveu fazer uma publicação em que alega que eu teria divulgado conversas privadas entre titulares de órgãos públicos e que eu teria endossado a sua candidatura à Câmara Municipal de Almada, sugerindo-lhe que era fundamental a sua ida para garantir a saída da Presidente Inês de Medeiros”.

“Não comento o tom nem sequer especulo sobre as causas do momento de delírio, mas esclareço dois aspetos que poderiam pôr em causa a minha honestidade e caráter”, adianta.

João Costa esclarece que “não tive conversas privadas institucionais com a Presidente da Câmara Municipal de Setúbal sobre a Arrábida. Foi enquanto setubalense e escuteiro que lhe pedi ajuda face ao arrombamento de um moinho com roubo de material pelos novos proprietários. E foi nesse contexto que me garantiu que tudo estaria a correr muito bem com os novos proprietários. Alegar que esta foi uma conversa entre dois titulares de cargos políticos é apenas sugerir que, por eu ocupar um cargo político, estou impedido de qualquer pronúncia ou opinião sobre a gestão feita pela Presidente”.

“Não se consegue comentar, quando o nível de fantasia e autoilusão anda assim”, conclui.