Golfinhos vão dar vida à Rotunda do Alegro: Instalação de escultura já começou

Uma das principais entradas na cidade está a ser embelezada. Uma escultura gigante, com golfinhos em pedra, vai dar as boas vindas aos setubalenses e visitantes.

 Uma grande peça escultórica em pedra, com golfinhos, um dos símbolos maiores de Setúbal, vai dar as boas-vindas aos visitantes na entrada norte da cidade, a partir da rotunda instalada nas imediações do centro comercial Alegro.

A escultura em pedra, que retrata o movimento de um grupo social de golfinhos, da autoria do artista plástico Carlos Andrade, foi doada à cidade pela Fundação Buehler-Brockhaus, constituída por um casal de alemães a residir há muitos anos na cidade e apaixonados por Setúbal, no âmbito da Lei do Mecenato e de um protocolo de colaboração celebrado com a autarquia sadina.

A escultura, com dimensões aproximadas de 15 metros de largura, 2 de profundidade e 4 de altura, foi colocada no interior da rotunda que serve a entrada norte de Setúbal, concretamente na área de intersecção entre as avenidas Antero de Quental e Álvaro Cunhal e o final da A12.

A operação de instalação da peça decorreu durante esta semana, com acompanhamento pelos serviços técnicos da Câmara Municipal de Setúbal, sendo que o trabalho escultórico foi finalizado no local pelo artista Carlos Andrade. Posteriormente, a autarquia avança para a beneficiação geral da rotunda, acção que inclui a execução de intervenções de embelezamento, entre os quais a criação de uma ampla zona de relvado na envolvência da escultura dedicada aos golfinhos do Sado.

Esta é mais uma peça instalada no âmbito do protocolo de colaboração celebrado com a Fundação Buehler-Brockhaus, entidade que já doou à cidade, entre outras, as esculturas evocativas de várias profissões instaladas no Mercado do Livramento e um conjunto escultórico patente no Fórum Municipal Luísa Todi. Fazem igualmente parte do leque de peças artísticas instaladas na cidade no âmbito do protocolo a escultura “Zéfiro”, implantada na rotunda do Monte Belo Norte, assim como a peça “Sardinhas”, na rotunda das Fontainhas.

“No início o meu trabalho foi influenciado pelos escultores Giacometti e Modigliani, onde procurei a estilização e a leveza das formas. O meu trabalho invoca um retorno às origens, onde esta sempre presente a memória, a vida e a morte. Esculpo as minhas figuras no limite do material, em busca da suavidade e da fragilidade do corpo, com o objetivo de criar a mutação através do movimento”, refere Carlos Andrade.

O artista nasceu em Lisboa em 1968 e estudou na Faculdade Autónoma de Lisboa onde se licenciou em História da Arte. Trabalhou como assistente do escultor Moisés no Centro Internacional de Escultura em Pêro Pinheiro, onde teve o seu primeiro ateliê até 2004, ano em que se mudou para um espaço cedido pela empresa de mármores Urmal onde trabalha actualmente.

Tenho realizado exposições individuais e colectivas desde 1994 em Portugal, Espanha, Holanda e Brasil.