Forte de Albarquel abre em Maio

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira, revelou que as obras de requalificação do Forte de Albarquel, na Arrábida, vão ser inauguradas a 22 de Maio.

As obras que devolvem aquele património do século XVII à cidade com novas valências culturais e educativas foram financiadas pela fundação inglesa The Helen Hamlyn Trust.


As obras de recuperação da antiga fortificação militar foram iniciadas em Agosto de 2018 e, durante todo este período, os trabalhos estiveram centrados, sobretudo, no interior do imóvel cedido pelo Ministério da Defesa à Câmara Municipal de Setúbal, em Janeiro de 2015, por um período de 32 anos.

Por se tratar de um edifício com elevado valor patrimonial, a opção do gabinete de arquitetura responsável pelo projecto de reabilitação do Forte de Albarquel focou a prioridade no interior do imóvel, no qual foi necessário conduzir um delicado conjunto de acções de restauro e concretizar novas soluções estruturais.

A operação a decorrer com encargos repartidos entre a autarquia e o The Helen Hamlyn Trust, no âmbito de um memorando de entendimento firmado em 2016, reserva para a fase final da intervenção os trabalhos de recuperação do exterior da fortaleza, acções de maior impacte visual para o público.

A recuperação do edificado histórico contempla um conjunto de acções de beneficiação da área envolvente, trabalhos a executar pela Câmara Municipal de Setúbal.

Esquecido ao longo de décadas e longe da imponência militar de outros tempos, o Forte de Albarquel renasce com num plano delineado pelo município para o transformar num espaço cultural e educativo, com valências museológicas e expositivas, componentes para diversas manifestações culturais e artísticas e funções de sala de visitas da cidade.

O Forte de Albarquel, localizado na praia com o mesmo nome, na margem direita da foz do rio Sado, integrou, a partir do século XVII, a linha defensiva do trecho do litoral que se estendia entre Setúbal e Sesimbra e funcionou como complemento do Forte de São Filipe na protecção da povoação marítima sadina.

A fortaleza foi projectada em 1642, no contexto da Guerra da Restauração da Independência portuguesa, quando D. João IV procedeu a uma ampla remodelação da estratégia defensiva de Portugal, à qual não foi alheia a protecção da barra do Sado.