Exposição “A Espiritualidade da Arrábida” no Museu de Arqueologia de Setúbal

A Exposição “A Espiritualidade da Arrábida” vai ser inaugurada dia 9 de Setembro, pelas 17h00, no Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, sito na avenida Luísa Todi, n.º 162.

os Amigos da Paróquia de S. Sebastião convidaram oito fotógrafos e dez pensadores para se inspirarem na temática “A Espiritualidade da Arrábida”, desafiando-os a exprimirem arte e pensamento através da fotografia e da escrita.

A mostra coletiva tem ainda como objetivo homenagear o fotógrafo setubalense Américo Ribeiro e dois poetas intimamente ligados àsSerra da Arrábida, Sebastião da Gama, cujo centenário do nascimento é celebrado em 2024, e Frei Agostinho da Cruz.

A exposição é promovida pelos Amigos da Paróquia de S. Sebastião e o Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, conta com o apoio da Câmara Municipal de Setúbal, da Junta de Freguesia de S. Sebastião, da Associação Cultural Sebastião da Gama, do Synapsis, do Arrábida Legend e das empresas Casa Ermelinda Freitas, Nuno de Mesquita Pires e Secil.

Esta exposição contará com os pensadores Casimiro Henriques, Alberto Vale Rêgo, Frei Herminio Araújo, Isabel Melo, João Reis Ribeiro, Joaquina Soares, José António Chocolate, Lourenço de Morais, Maria Helena Mattos e Salvador Peres.

As fotografias são de Alberto Pereira, José Alex Gandum, Carlos de Medeiros, João Completo, João Moura, José Canelas, Nazar Kruk e Rosa Nunes.

Haverá ainda curtas-metragens de Alberto Pereira e Carlos Sargedas. Inspirada nos poetas Frei Agostinho da Cruz e Sebastião da Gama, e no fotógrafo Américo Ribeiro, a exposição pretende explorar a relação entre a natureza e a espiritualidade, e a influência da Arrábida na vida de artistas e escritores.

A exposição que ficará patente até 7 de outubro, de terça-feira a sábado, das 09h00 às 12h30 e das 14h00 às 17h30, com entrada é gratuita, está integrada nas comemorações dos 470 da criação da Paróquia de S. Sebastião.

A Paróquia de S. Sebastião foi instituída pelo arcebispo de Lisboa D. Fernando em 14 de março de 1553, por separação da Paróquia de Santa Maria, através de uma Carta de Desmembração e Separação.

O território da paróquia englobava o arrabalde de Palhais, o Bairro das Fontainhas, as Hortas e a Mouraria, nomeadamente as ruas compreendidas entre o Postigo do Ouvidor e a Porta da Vila, tendo sede na Ermida de São Sebastião, situada no atual Largo dos Defensores da República ou Largo do Miradouro.

A sede paroquial foi mudada duas vezes, primeiro, em 1821, para a Igreja de Nossa Senhora da Boa Hora, a Igreja dos Grilos, e depois, em 1835, para a Igreja do Convento de S. Domingos, entretanto extinto, onde ainda se encontra.

A igreja paroquial de São Sebastião foi fundada entre 1564 e 1566, numa obra cujo patrocínio e traça são atribuídos, respetivamente, a D. Sebastião e ao arquiteto régio Afonso Álvares, também responsável pelas igrejas de São Roque, em Lisboa, e do Espírito Santo, em Évora, seguindo o modelo maneirista.