David Gorgulho – É sem dúvida o maior acontecimento que já recebemos na nossa freguesia e está a gerar uma grande expectativa em toda a população. Além de todas as benfeitorias que vai trazer para o Centro Equestre, o impacto económico será muito significativo para Santo André. Há muita gente que não fica no parque de campismo criado para o efeito e que não fará as suas refeições no festival. O comércio local sentirá, certamente, um acréscimo significativo de visitas por esses dias. Por outro lado, há milhares de pessoas, em particular jovens, que ficarão a conhecer Santo André e os seus encantos. Acreditamos que vamos “agarrá-los” e que voltarão a visitar-nos depois disso. É um momento muito importante de afirmação para a nossa terra e uma grande oportunidade para desfrutarmos de um super programa de animação artística e cultural. Igualmente para as associações locais, será um momento de enorme divulgação e de forte participação. Estamos com uma ansiedade boa!
D.G. – Claramente positivo. Colocámos a agenda ambiental no topo das prioridades, sem esquecer, claro está, todas as outras áreas de actuação. Conseguimos recentemente o galardão de Eco-Freguesia, atribuído pela Associação Bandeira Azul da Europa, que nos atribui uma grande responsabilidade para o futuro, mas que queremos que seja o mote para nos posicionarmos como uma referência na região, inclusive com um “efeito contágio” para as freguesias limítrofes e, mais tarde, para todo o litoral alentejano. Procurámos também, desde o início, envolver a população em ações de voluntariado, procurando criar a todos um sentimento de pertença importante para com a sua terra. Mantivemos a qualidade dos nossos eventos e já incrementámos novidades ao nosso já de si exigente plano anual. Há um longo caminho a percorrer, quer na cidade, quer na zona rural. Nesta fase, estamos com energia redobrada para a segunda metade do mandato.
D.G. – Por um lado, a inexistência de um lar para idosos, mas as perspectivas são boas para o futuro próximo. Esperemos que corra tudo pelo melhor. Por outro lado, há falta de habitação para todos aqueles que se querem fixar em Santo André, ou simplesmente para aluguer temporário. É algo que deve merecer a atenção de todos, ainda para mais numa fase em que se perspetivam investimentos significativos no Complexo Portuário de Sines, que trarão certamente mais pessoas interessadas em fixar-se cá. Houve avanços nos últimos anos, com a parceria entre a Cooperativa Chesandré e a Câmara Municipal de Santiago do Cacém, está neste momento a decorrer mais uma fase de construção, mas precisamos de mais. Na zona rural, alguns dos caminhos também constituem um problema com o qual temos tido de lidar. Estamos também a dar passos importantes neste aspecto, com uma parceria com a câmara municipal, que nos vai permitir pavimentar este ano um dos caminhos que consideramos mais importante. E não vamos ficar por aqui até ao final do mandato.
D.G. – Consolidar a nossa política no âmbito da sustentabilidade ambiental, em particular junto das escolas e das famílias. Atenuar as barreiras físicas que ainda existem no âmbito da mobilidade para todos. Afirmar Santo André como um destino de excelência para o turismo de natureza, 365 dias por ano. Trabalhar para que a nossa terra fique mais bonita e que cada vez dê mais gosto viver aqui. Lutar ao lado da população nas causas mais prementes, em particular no reforço da rede de transportes e, principalmente, por mais e melhores condições na área da saúde, com a degradação dos serviços na Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano à cabeça.
Cargo de presidente da junta: “Tem sido um grande desafio”
D.G. – Tem sido, sem sombra para dúvidas, um grande desafio! Costumo dizer que Santo André é uma espécie de “mini-câmara”. Temos mais de 1/3 da população do concelho e lidamos diariamente com problemas muito distintos, entre a cidade e a zona rural da freguesia. Já pertencia ao anterior executivo, daí não ter chegado “a zeros”, mas a função de presidente numa freguesia como esta, exige mesmo muito. Os recursos são escassos e ainda por cima estamos numa fase da vida autárquica que nos vai trazer grandes mudanças, com as transferências de competências e possíveis alterações de fundo na gestão. Felizmente tenho mantido uma grande energia e ambição, ajudado por um executivo de pessoas experientes e competentes. E claro, como não poderia deixar de ser, por uma super equipa de funcionários, que vestem a camisola e lutam ao nosso lado por uma freguesia melhor. A melhor resposta que posso dar é… voltaria a candidatar-me de olhos fechados. Tem sido muito, muito gratificante poder ajudar a desenvolver a terra que me viu crescer.
Biografia: Um jovem defensor da terra
David Gorgulho nasceu na freguesia da Sé, do concelho de Faro, a 20 de Abril de 1982. Rumou a Santo André, com os seus pais, logo nos primeiros dias de vida, e aqui tem sempre residido.
Licenciado em Ciências da Comunicação e com Mestrado em Comunicação nas Organizações. Trabalhou na Divisão de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de Santiago do Cacém entre 2004 e 2017, até assumir a tempo inteiro a presidência da Junta de Freguesia de Santo André, para o mandado até 2021.
Foi vogal do anterior executivo (2013-2017). Foi secretário e vice-presidente do Clube de Natação do Litoral Alentejano entre 2008 e 2016 e foi ainda vogal do Conselho Fiscal da Cooperativa de Habitação Chesandré até 2017. Tem medalha de mérito dos municípios de Santiago do Cacém e Sines, bem como da Freguesia de Santo André.
O Comando Territorial da GNR de Setúbal, através do Posto Territorial da Comporta, deteve no…
O Parlamento Europeu (PE) aprovou a diretiva que introduz um novo direito à reparação para…
O trabalho “Em cada Rosto, Igualdade”, elaborado pelos alunos Luisa de Oliveira da Silva Prata,…
O Presidente da República de Cabo Verde, José Maria Neves, visitou Sines e a sua…
O presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal, Vítor Proença, acompanhado dos restantes autarcas…
Jaime Pinho (professor de história), Vanessa Iglésias Amorim (antropóloga e docente da Escola Superior de…