O Papa Francisco agradeceu em carta ao cantor setubalense João Mendonza e a Carlos Barreto Xavier radicado há mais de 20 anos na cidade, os dois membros dos “Passione”, o envio de um CD com um “Ave Maria” criada em sua homenagem.
“Obrigado por vos associardes a mim nesta peregrinação vivida na esperança e na paz” diz o Santo Padre, abençoando os dois músicos, “saibam pois, o senhor João e quantos lhe são queridos, que o Papa Francisco os confiou à Virgem Mãe e de que é penhor a Benção Apostólica que os concede”. É assim que, através do seu assessor para os Assuntos Gerais da Secretaria de Estado, Monsenhor Paolo Borgia, que o bispo de Roma se dirigiu aos músicos.
Na missiva, que também possuía uma fotografia autografada, o Vaticano agradece os “bons préstimos ao Santo Padre”, a obra composta pelo músico Carlos Barreto Xavier, cantada pelo jovem tenor João Mendonza e entregue ao Papa Francisco pela Presidência da República Portuguesa como Oferenda Oficial de Estado, aquando da sua última visita à Cova da Iria, em celebração do Centenário das Aparições de Fátima. O envio do tema foi conseguido devido à colaboração da Conferência Episcopal Portuguesa, Presidência da República e Reitoria do Santuário de Fátima.
Questionados como surgiu esta ideia de fazer um trabalho discográfico destinado ao Papa, os Passione afirmam que “estão honrados pela escolha do original ‘Ave Maria’ como oferenda do Estado Português ao Papa Francisco”, frisando que “temos uma enorme admiração pelo Papa Francisco! É um ser humano profundamente humanista, sensível aos mais desfavorecidos e com uma enorme capacidade de chegar a todos sem pretensão”.
“Pela ocasião da sua vinda a Fátima e pelo facto de termos um projecto de música profissional ‘Passione’, que inclui no seu repertório temas com uma estética e orquestração centrada no essencial, decidimos compor um original ‘Ave Maria’. As pessoas e entidades que ouviram, ligadas à Igreja Católica, incentivaram-nos a divulgar e foi assim que a Conferência Episcopal recebeu e estabeleceu todos os contactos diplomáticos com a Santa Sé e com o Protocolo do Estado Português”, explicam.
Em relação terem recebido uma missiva do Papa, os Passione salientam que é “sem dúvida para nós uma coisa que nos deixa muito felizes”. “Receber uma carta do Santo Padre não é algo que nos aconteça todos os dias, sobretudo sendo ele um homem tão importante para nós duma forma pessoal mas também como líder espiritual”, concluem.
