Alunos e autarcas plantam árvores no Parque Urbano da Várzea

Noventa de três escolas básicas de Setúbal plantaram, a 21 de março, Dia Mundial da Árvores, cerca de trinta árvores no Parque Urbano da Várzea, no âmbito da segunda fase de arborização daquele espaço verde.

O executivo municipal presidido por André Martins, presidentes de junta, professores e auxiliares juntaram-se à ação de plantação das árvores, no âmbito de uma reabilitação que a Câmara de Setúbal está a realizar na área, com o objetivo de a tornar um espaço público de lazer privilegiado.

André Martins salientou que a participação das crianças nesta ação “é uma forma de aprenderem mais sobre a importância deste parque para a vida das populações, nomeadamente na prevenção das cheias, ao mesmo tempo que contribuem para a defesa do património natural”.

Ao todo foram cerca de 90 crianças de três turmas das escolas básicas Barbosa du Bocage, das Amoreiras e de S. Gabriel, do Agrupamento de Escolas Barbosa du Bocage, que participaram numa ação que André Martins afirma ser “muito importante” para o concelho de Setúbal, destacando que esta segunda fase de plantações vai decorrer ao longo de todo o mês de março.

A plantação das árvores, referiu o presidente da Câmara Municipal, ajuda a combater os efeitos das alterações climáticas. “As árvores contribuem para a fixação dos solos, a reter carbono”, além de ajudarem a reduzir a temperatura, “na medida em que fornecem sombras em dias de calor”, frisou.

A totalidade das árvores desta segunda fase fica plantada até 31 de março, havendo todos os dias, até essa data, iniciativas com grupos de voluntários de escolas, associações ou empresas.

No próximo dia 25, o plantio vai envolver cerca de 30 voluntários do Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Setúbal e pela empresa Decathlon.


Nesta segunda fase vão ser plantadas 1290 árvores, incluindo pinheiros, freixos, choupos, salgueiros, oliveiras, carvalhos e tílias, para reforço do estrato arbóreo daquele que vai ser o maior parque urbano do concelho.

As plantações são acompanhadas por um reforçado composto de plantação, ao qual foi adicionado um condicionador que permite aumentar capacidade de retenção de água da rega e melhorar o uso e disponibilização de nutrientes.

As árvores foram adquiridas no âmbito da candidatura 06/REACT-EU/2021, com financiamento para apoios às alterações climáticas através do FEDER – Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional.



Taíssa, 9 anos, da Escola Básica Barbosa du Bocage, foi uma das 90 crianças que esta terça-feira de manhã participaram na plantação de freixos e tílias no Parque Urbano da Várzea.



“É uma iniciativa muito boa para o ambiente e para nos manter ocupados de outra forma sem ser no espaço da escola”, referiu a pequena jardineira.



A ação contou também com o envolvimento da vice-presidente da autarquia, Carla Guerreiro, de vereadores, do presidente ada Assembleia Municipal de Setúbal, Manuel Pisco Lopes, do presidente da União de Freguesias de Setúbal, Rui Canas, e do presidente da Junta de Freguesia de S. Sebastião, Nuno Costa.

Além da plantação de árvores, está a ser criado o anel de rega do sistema primário de abastecimento de água para o parque. O objetivo é implementar um sistema de valorização eco-hidrológica do espaço envolvente da Ribeira do Livramento que inclui a rede de rega automatizada dos espaços verdes arbustivos e arbóreos, para possibilitar uma rega sustentável, económica e promotora do uso racional da água.

Nesta operação, com a duração prevista de quatro meses e assegurada por uma empreitada orçada em perto de 600 mil euros, é criado um sistema de rega fixo enterrado, em toda a envolvência daquele espaço, alimentado a partir de dois furos e pressurizado através de um grupo hidropressor.

A intervenção contempla ainda, entre outros aspetos, a execução de um conjunto de infraestruturas elétricas a implementar no subsolo, para futura alimentação de equipamentos e da iluminação pública a instalar do Parque Urbano da Várzea, solução que permite eliminar as passagens de cabos elétricos na superfície.

Esta obra estruturante, financiada no âmbito de fundos comunitários de apoio à transição climática canalisados através do programa COMPETE 2020, assegura a gestão do ciclo hidrológico e, em simultâneo, valoriza a riqueza e biodiversidade, com a adoção de soluções de engenharia natural.