A ADREPES – Associação para o Desenvolvimento Regional da Península de Setúbal celebrou acordos de parceria do GAL ADREPES RURAL para o período 2023-2027, com 37 parceiros, numa cerimónia realizada a 18 de julho, na Igreja de Santiago no Castelo de Palmela, com o objetivo de captar fundos comunitários para a península de Setúbal.
Estiveram presentes 25 dos 37 parceiros que firmaram a sua adesão ao Grupo de Ação Local (GAL) que submeterá uma candidatura ao PEPAC – Plano Estratégico da Política Agrícola Comum para a implementação de uma estratégia de desenvolvimento local para as zonas rurais da península de Setúbal.
A sessão solene contou com a presença do vice-presidente da Câmara Municipal de Palmela, Luís Miguel Calha, o presidente da ADREPES, Joaquim Carapeto, os presidentes dos municípios de Moita e do Montijo, vários autarcas e representantes das entidades,
Luís Miguel Calha destacou o papel catalisador da ADREPES em prol do desenvolvimento da região, perspetivando-se, na atual candidatura, o reforço de verbas de financiamento para projetos em diversas áreas que cobrem os vários setores de atividade ligados ao mundo rural.
“Esta cerimónia de assinatura do acordo de parceria para a estratégia de Desenvolvimento Local da Península de Setúbal, no âmbito do processo de Desenvolvimento Local de Base Comunitária, na vertente rural, é, por si só, uma união de vontades e uma convergência de objetivos locais e regionais”, disse o autarca, considerando que “abre-se um novo ciclo na vida da região” porque este ato é “uma expressão da nossa vontade coletiva de construção do futuro, e é também, o sinal de uma nova responsabilidade, de uma nova exigência, mas também de uma nova confiança na ADREPES”.
Luís Miguel Calha destacou o desafio dos municípios, das associações, das empresas, das instituições de ensino, ou seja, dos agentes sociais e económicos da região. “Esse desafio é o de estar à altura das expectativas que estão criadas, e trabalharmos, todos, numa parceria forte, para transformar esta oportunidade, em desenvolvimento, em melhoria da qualidade de vida das nossas populações”, disse ainda o autarca.
Luís Miguel Calha elogiou o trabalho da ADREPES, considerando-a “um importante ativo da região” que com “o seu trabalho dinâmico, inovador, inclusivo tem contribuído para o desenvolvimento e coesão territorial, agregando neste desiderato cada vez mais parceiros”.
“A agricultura, a silvicultura, o setor agroalimentar, mas também o turismo, o património natural e cultural, são peças chave num xadrez regional que terá como objetivos potenciar equilíbrios e sinergias entre atividades económicas e a preservação do património natural e cultural; Desenvolver a economia circular; Incentivar o comércio de proximidade dos produtos agrícolas e agroalimentares; Impulsionar quer a criação de novos produtos e serviços, quer um conhecimento mais profundo do setor agrícola, florestal e agroalimentar”, disse.
“E neste processo integrador, e com visão de futuro, apesar de todas as freguesias da Península de Setúbal serem consideradas não rurais, um erro que deve ser urgentemente corrigido pela Administração Central, para que as candidaturas aos apoios financeiros comunitários, e outros, sejam possíveis ou tenham maior expressão, foi possível manter nesta parceria as freguesias do anterior período de programação 2014-2020, incluir as freguesias dos concelhos da Moita e do Montijo: Alhos Vedros, Sarilhos Grandes, União de Freguesias Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos, e integrar as freguesias do Samouco e da Costa da Caparica, garantindo a continuidade territorial dos concelhos de Alcochete e de Almada”, concluiu.
Já Joaquim Carapeto frisou o desenvolvimento local de base comunitária assente numa parceria coesa e representativa das dinâmicas do território de intervenção, realçando a importância da criação de sinergias e do trabalho em rede entre os agentes locais. Como exemplo desse sucesso, destacou o resultado da candidatura do GAL ADREPES COSTEIRO, classificado em primeiro lugar nas candidaturas apresentadas no Continente e com a melhor dotação orçamental a nível nacional, com a atribuição de 3,6 milhões que serão utilizados em projetos a desenvolver na região.
A diretora Executiva da ADREPES, Natália Henriques, explicou o processo de mobilização e participação dos atores locais na construção da estratégia e apresentou os enfoques temáticos e os objetivos da candidatura ao PEPAC 2027, agradecendo a todos os parceiros o seu envolvimento e confiança depositada na associação para liderar a candidatura.
O GAL ADREPES RURAL integra uma parceria de 37 entidades públicas e privadas que se congregam em torno de uma estratégia de desenvolvimento local para um território sub-regional da península de Setúbal que congrega os concelhos de Alcochete, Almada, Moita, Montijo, Sesimbra e Setúbal.
Desde 2001 que a ADREPES é responsável pela gestão de fundos nacionais e comunitários na Península de Setúbal, protocolados com diferentes organismos. Esses financiamentos permitiram apoiar 600 projetos que criaram mais de 500 postos de trabalho diretos e
mobilizaram 49 milhões de investimento para a península de Setúbal. Neste seguimento, capitalizando as experiências e os bons resultados alcançados no âmbito do Desenvolvimento Local de Base Comunitária (DLBC), a ADREPES lidera a apresentação de uma nova candidatura ao Plano Estratégico da PAC – Política Agrícola Comum, por forma a captar mais fundos para as zonas rurais da península de Setúbal.