Adega de Pegões e Casa Ermelinda Freitas ganham dezenas de medalhas na Rússia

A Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões ganhou 19 prémios na 26ª edição da Feira Internacional de Produtos Alimentares e Bebidas e Matérias-Primas para a Indústria Alimentar “Prodexpo 2019” que realizou-se entre 11 e 15 de Fevereiro, em Moscovo, capital da Rússia.

Já em 2018, a adega, sita no concelho do Montijo, tinha conquistado vários prémios na mais importante mostra de produtos alimentares e bebidas dos mercados da Rússia e dos países CEI (Comunidade dos Estado Independentes).

Na edição deste ano, a Adega de Pegões alcançou o prémio “prodexpo Star”, o segundo galardão mais importante do certame, com o vinho “Vinhas de Pegões Syrah”, sendo um dos poucos vinhos portugueses a obter esta distinção.

A adega conquistou ainda 11 medalhas de ouro e 7 de prata com destaque para os vinhos “Sobreiro de Pegões”, “Rovisco Pais”, “Alto Pina”.

Recorde-se que a Adega se Pegões conquistou em 2017, neste certame, o prémio maior, “Grand Prix Prodexpo”, designado por “Cisne de Ouro” sendo a primeira empresa do país a conseguir tal feito com o vinho tinto “Adega de Pegões Syrah 2013”.

A Cooperativa Agrícola Santo Isidro de Pegões, que participa na Prodexpo da Rússia há oito anos, tem um dos melhores registos de galardões atribuídos a vinhos portugueses no mercado, somando prémios em todas as edições.

Ao concurso da Prodexpo 2019 concorreram mais de 200 produtores, russos e internacionais, com cerca de mil bebidas provenientes de países de todo o mundo, desde o Japão aos Estados Unidos.

Constituída por Alvará de 7 de março de 1958, a Cooperativa tem as suas raízes na instalação do projeto de Colonização Interna que fixou centenas de casais agrícolas e procedeu à plantação de 830 hectares de vinha na localidade de Santo Isidro de Pegões.

Criada para fornecer o apoio técnico e logístico à elaboração dos primeiros vinhos de Pegões, ao longo das décadas a Cooperativa foi cimentando a sua posição de referência no panorama institucional e empresarial do concelho do Montijo, sendo um notável exemplo do que de melhor se faz em Portugal na área da produção vitivinícola.

Hoje é uma adega moderna e competitiva com uma área vinícola de 1117 hectares e com mais de 500 distinções e prémios conquistados nos mais renomados concursos mundiais de vinhos.

A Casa Ermelinda Freitas também brilhou no certame russo ao conquistar duas “ProdExpo Stars”, com os vinhos “Vinha do Fava 2017” e “Merlot Reserva 2016”. A adega de Fernando Pó ganhou ainda 12 medalhas de ouro e 4 de prata.

Medalhas de ouro: “Syrah Reserva 2016”, “Valoroso Reserva 2016”, “Quinta da Mimosa 2016”, “Valoroso Chardonnay 2018”, “Vinha do Rosário Syrah 2017”, “Baia de Tróia Castelão 2017”, “Vinha do Torrão Reserva 2015”, “Dona Ermelinda Reserva 2016”, “Vinha da Valentina Reserva 2016”, “Cabernet Sauvignon Reserva 2015”, “Valoroso Cabernet Sauvignon 2017”, “Valoroso Reserva (Touriga Nacional & Syrah) 2017”.

Medalhas de prata: “Rocksand Shiraz 2016”, “Flor De La Mar Tinto 2017”, “Valoroso Cabernet Sauvignon 2017”, “Vinha da Valentina Premium Tinto 2017”.

A Casa Ermelinda Freitas dedica-se à produção de vinho desde 1920. Os 445 hectares de vinhas estão situados em Fernando Pó, uma zona privilegiada na região de Palmela.

O solo destas vinhas entre o Sado e Tejo é composto por areias muito semelhantes às areias de praia e muito rico em água, desempenhando um papel importante na maturação das uvas. A brisa envolvente dos rios refresca as vinhas durante os verões secos, atribuindo suavidade e elegância aos vinhos.

É nestes solos arenosos que próspera o Castelão, conhecido na região por Periquita. O varietal característico da península de Setúbal compõe 40% das vinhas da Casa Ermelinda Freitas. No total são 27 varietais plantados por uma área do tamanho de 445 campos de futebol e 9 milhões de litros de vinho produzidos por ano.