Utentes e profissionais de saúde de Odemira comemoram 45 Anos SNS

Utentes e Profissionais de Saúde de Odmeira vão realizar uma acção para comemorar o 45º Aniversário do Serviço Nacional de Saúde (SNS), mas ao mesmo tempo defender a criação do SNS, valorizar e propor soluções para a melhoria deste serviço.

Esta iniciativa será realizada no dia 14 de Setembro, às 10h30, na praça Sousa Prado (“Jardim dos Patos”), em Odemira. Esta acção de luta é organizada pela Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira, mas também estarão presentes para além dos Utentes, Médicos, Enfermeiros e Sebastião Santana, Coordenador da Frente Comum (Organismo que congrega todos os Sindicatos da Administração Pública).

Os Utentes do Serviço Nacional de Saúde no Concelho de Odemira, têm muitas dificuldades. “Num Concelho com cerca de 30.000 Habitantes, 25% dos Utentes não têm Médico de Família; a Freguesia de São Teotónio, uma das mais populosas do Litoral Alentejano, com cerca de 9.000 habitantes, 35% não têm Médico de Família; na Freguesia de Luzianes-Gare, os Utentes têm que realizar cerca de 30 Km’s, para terem cuidados médicos, porque a sua Extensão de Saúde está encerrada; a Freguesia de Vila Nova de Milfontes, com cerca de 6.000 Utentes, em que no Verão triplica a População, a Extensão de Saúde está muito degradada. Há mais de 10 anos, em que há diversas promessas de construção de um edifício novo, por parte dos diversos Conselhos de Administração da Unidade Local de Saúde do Litoral Alentejano”, refere a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira. 

“No Hospital do Litoral Alentejano, os Tempos Máximos de Resposta Garantidos (Tempos de Espera), nas Consultas, Cirurgias e Exames, na sua maioria ultrapassam em muito o limite legal, como por exemplo, na Cirurgia de Urologia tem um tempo de espera de cerca 400 dias. Não existe Maternidade, por isso as Grávidas, têm que recorrer ao Hospital José Joaquim Fernandes em Beja ou Hospital São Bernardo em Setúbal, mas muitas vezes estes Serviços encontram-se encerrados, assim os bebês nesta Região nascem na berma da Estrada”, denuncia a Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Odemira.