Utentes de Grândola vão entregar ao ministro da Saúde documento com reivindicações

A Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Grândola, no distrito de Setúbal, vai tentar entregar em mão ao ministro da Saúde um documento que elenca reivindicações e problemas na região.


“Vamos elencar num documento as reivindicações e os problemas e entregar em mão, se o ministro nos receber ou ouvir quando cá estiver no dia 27 de fevereiro”, a partir das 17h00, no Hospital do Litoral Alentejano, afirmou à agência Lusa o porta-voz desta comissão de utentes, Mariano Paixão.


Esta decisão de entregar o documento ao governante foi tomada num plenário de utentes do Serviço Nacional de Saúde (SNS) no concelho de Grândola e do Hospital do Litoral Alentejano, realizado esta tarde na vila alentejana.


Segundo o responsável, está prevista para o dia 27 deste mês uma visita do ministro da Saúde, Manuel Pizarro, a vários concelhos do litoral alentejano e ao hospital da região, situado em Santiago do Cacém.
“O presidente da Câmara [de Grândola] esteve presente no plenário e foi ele que nos informou que tinha recebido uma comunicação do ministério sobre a visita” do ministro da Saúde, adiantou.


Mariano Paixão realçou que, no plenário desta tarde, os utentes apresentaram problemas relacionados com “os tempos de espera para consulta e a falta de médicos e de condições” nos serviços de saúde na região.


“No final da reunião, fizemos um levantamento das questões que vamos, agora, apresentar” ao ministro, acrescentou.


De acordo com a Comissão de Utentes de Grândola, os habitantes deste concelho alentejano têm “bastantes dificuldades no acesso aos cuidados de saúde” e “cerca de três mil utentes não têm médico de família”.


“A Extensão de Saúde do Canal Caveira só tem médico uma vez por mês, além da ausência de assistência médica no concelho após as 22:00”, sublinhou.


Quanto ao Hospital do Litoral Alentejano, referiu a comissão de utentes, a unidade hospitalar já ultrapassou os tempos máximos de resposta garantidos em diversas especialidades.
“Por exemplo, atualmente, apenas existe um médico para 100.000 utentes nas especialidades de cardiologia e urologia”, salientou.