Sindicato dos Jornalistas pede apoio de emergência à comunicação social

O Sindicato dos Jornalistas (SJ) lnaça um apelo ao governo para aprovar um pacote de apoios à comunicação social, “sob pena de o sector colapsar, no quadro do atual contexto de epidemia”.

“Confrontados com uma pandemia que terá um brutal impacto económico, importa assegurar, mais do que nunca, a preservação do jornalismo, um dos pilares da democracia”, refere o sindicato.

O SJ saúda a decisão do governo de autorizar que os quiosques de venda se mantenham abertos porque “o jornalismo, e o que ele produz, são um bem de interesse público, cuja circulação não deve, em caso algum, ser interrompida”.

“Manter redações com um número de profissionais razoável e dotadas de meios técnicos é fundamental para que os jornalistas possam continuar a desempenhar o seu papel, contribuindo para o esclarecimento da população com uma informação credível e responsável”, considera o SJ, adiantando que “sem o trabalho dos órgãos de comunicação social e sem o esforço de muitos jornalistas, que aceitaram correr riscos para continuar a informar a população portuguesa, dificilmente as medidas de isolamento social teriam o impacto pretendido”. 

O SJ acredita que “a já débil situação dos muitos grupos de comunicação social vai agravar-se nestes meses de isolamento e quarentena. A quebra de receitas publicitárias, o adiamento de investimentos e projetos editoriais e o decréscimo nas vendas de publicações periódicas vão acentuar-se”. 

O SJ apela ao Governo que aprove “um conjunto de medidas de apoio à comunicação social, que passem por garantir os postos de trabalho e salários dos jornalistas e por apoiar igualmente os trabalhadores precários, assegurando-lhes um rendimento mínimo”.