Setúbal, Palmela e Sesimbra exigem reunião com ministro da Saúde para debater situação do hospital

Os autarcas dos municípios de Setúbal, Palmela e Sesimbra advertem que, caso o ministro da Saúde não responda ao pedido de reunião solicitado pelas autarquias para debater a crise do Centro Hospitalar de Setúbal, vão marcar presença à porta do ministério na próxima segunda-feira, 12 de dezembro.

“Se até domingo à tarde o senhor ministro não der resposta ao nosso pedido de reunião, segunda-feira, às nove da manhã, estaremos à porta do Ministério da Saúde para sermos recebidos e termos essa reunião ou, eventualmente, agendarmos uma data”, sublinhou André Martins, presidente do município sadino, na conferência realziada hoje, 9 de dezembros, nos Paços do Concelho, acompanhado do presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Amaro, e do representante do município de Sesimbra, Alain Pereira.

O ministro da Saúde, Manuel Pizarro, já respondeu que está “seguramente” disponível para se reunir com os presidentes das câmaras municipais de Setúbal, Palmela e Sesimbra para discutir os problemas das urgências.

“Eu tenho recebido todas as pessoas, grupos profissionais e presidentes de Câmara que queiram falar comigo”, declarou.


André Martins sublinha que o problema resulta “de uma evidente falta de profissionais, de um quadro estabilizado de serviço no Centro Hospitalar de Setúbal. Entretanto o Governo mudou o ministro, mas a situação mantem-se na mesma. A resposta que hoje nos dão é de que vão resolver os problemas com a contratação de mais um tarefeiro para cada um dos serviços que estão em dificuldades. Isto não é caminho”.

A Câmara Municipal de Setúbal, de resto, reuniu esta manhã com o a direção do CHS para analisar a presente situação, saindo do encontro sem garantias sólidas de alteração do atual quadro de crise.

O presidente da Câmara Municipal de Palmela adianta que “as explicações que são dadas [pela administração do CHS] são ainda mais preocupantes”, acrescentando que “não é com a contratação de tarefeiros que se resolve um problema que é endémico”.

Álvaro Amaro reforçou, igualmente, que “o fecho de urgências e de especialidades começa a ser demasiado recorrente”.

As autarquias de Setúbal, Palmela e Sesimbra exigem um encontro com o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, para que se encontrem soluções que ponham, efetivamente, cobro às dificuldades que o Centro Hospitalar de Setúbal tem sentido para manter em funcionamento as urgências e diferentes serviços.