«Hoje é um dia especial para a autarquia porque concretiza mais um projeto que foi evoluindo para um conceito mais alargado que é um parque de ruralidades. O espírito deste projeto é voltar a mexer na terra por isso façam deste, o vosso espaço». A mensagem foi transmitida pelo presidente da Câmara Municipal de Sesimbra, na inauguração da segunda fase das Hortas Solidárias de Sampaio, que decorreu no dia 4 de março.
O acontecimento contou também com a presença do vereador do Pelouro das Pescas, Ruralidade e Apoio ao Empresário, José Polido, que destacou o trabalho realizado pela autarquia com o objetivo de valorizar os produtos e espécies locais.«Esta é um evelha ambição. Esperamos poder alargar as hortas para que mais famílias possam usufruir desta ideia. Sejam felizes aqui», disse.
Em representação da Direção Regional de Agricultura de Lisboa e Vale do Tejo, Maísa Oliveira felicitou o município pelo que tem feito na promoção da ruralidade e a importãncia deste tipo de iniciativas para o bem-estar das comunidades. «Desfrutem destes espaços fantásticos que também são importantes para a socialização», referiu.
Presente na iniciativa, a presidente da Junta de Freguesia do Castelo, Maria Gomes, que acompanhou esta ideia deste o início, mostrou-se também satisfeita. «Quando pensámos fazer neste local as hortas sabíamos que faria sentido. É um projeto vencedor», vincou.
O projeto contou com a colaboração da Associação de Viticultores do Concelho de Palmela, representada por Miguel Cachão. «Já lá vão dois anos desde o convite da autarquoia para participarmos nesta ideia importante para a preservação das tradições rurais».
Nesta fase foram entregues mais 34 talhões, e a felicidade estava espelhada nos rostos dos novos “agricultores”, como foi o caso de Maria Correia, que nem sabia que tinha sido selecionada.
“Foi uma surpresa quando soube porque foi uma amiga minha que me inscreveu sem eu saber. Ela sabia que sempre gostei de plantar. Estou muito feliz. Gosto de ver as plantas crescerem e agora virei para aqui com o meu filho para que ele também possa usufruir deste projeto. Vamo-nos divertir, mexer a terra com carinho e tenho a esperança de que ela vai compensar-nos. Quero e tenho a certeza de que vou ser feliz aqui”, referiu.
Por sua vez Noémia Simões inscreveu-se principalmente por uma razão. “Inscrevi-me porque sou adepta de uma alimentação mais saudável. Nao percebo muito disto mas tenho muita força de vontade. E acredito que a agricultura biológica é o futuro”.
A criação da segunda fase das Hortas Solidárias de Sampaio englobou, para além do alargamento da área de cultivo com sistema de rega partilhado, a construção de mais dois abrigos para ferramentas, um vestiário e um compostor coletivo.
As hortas localizam-se junto à primeira fase, inaugurada em 2018, com 25 talhões, e que mais tarde foi alargada com um pomar, e a dois outros projetos dinamizados pela autarquia: o olival e a Vinha de Sampaio, onde foram plantadas castas como a Moscatel Graúdo, Fernão Pires, Castelão, Arinto e Santa Isabel, variedades que fazem parte das tradições e identidade da freguesia do Castelo.
De referir que, antes da entrega dos talhões, todos os hortelão receberam formação no Centro de Apoio à Incubação de Empresas de Sesimbra, em Santana.