PSD indignado com “carrossel em que o Governo transformou as urgências pediátricas na península de Setúbal”

A Comissão Política Distrital de Setúbal do PSD manifesta “espanto e indignação” com o plano dos serviços de urgência pediátrica para o Inverno de 2023/2024, onde o Governo anuncia o prolongamento da intermitência das urgências pediátricas na Península de Setúbal.

“O calendário divulgado no início da semana, prolonga esta situação, pelo menos, até 31 de janeiro de 2024, é uma desilusão e deixa milhares de residentes da Península de Setúbal sem uma resposta de proximidade aos fins-de-semana, quinzenalmente, e obriga as famílias a saber muito bem este calendário, que mais parece um carrocel, para perceberem, em caso de urgência, para onde se devem dirigir”, acusa a Distrital do PSD.

Os sociais democratas lembram que “no primeiro trimestre de 2023, depois de prometer um plano para reorganizar as urgências de pediatria, o Governo anunciou um plano transitório de reorganização das urgências pediátricas na Península de Setúbal. Deste plano resultou uma escala intermitente de funcionamento das urgências pediátricas dos Hospitais do Barreiro e de Setúbal, fazendo crer aos utentes que a mesma seria transitória, até ao final de Verão”.

“A falta de profissionais de saúde é um problema que se sente há muito no SNS, resultante da indiferença do Governo face às necessidades destes profissionais, de forma a que estes se mantenham no SNS e aí exerçam a sua profissão. O estado das carreiras, as remunerações insuficientes e a falta de condições de trabalho conduziram o SNS a uma degradação nunca antes vista. O Governo, ao invés de melhorar o SNS, está a destruir o SNS”, acusam ainda os sociais democratas, em comunicado.

“O prolongamento do encerramento dos serviços de urgência pediátrica do Barreiro e Setúbal degrada ainda mais os cuidados de saúde prestados à população, que terão de se deslocar a maiores distâncias e irão engrossar as filas de espera nos restantes serviços de urgência da AML, serviços esses que já se encontram sobre grande pressão”, adianta.

“A resposta do executivo socialista à falta de médicos no SNS, para a qual contribui a desvalorização das carreiras e desinvestimento no serviço público, acarreta transtornos, em particular para as populações mais distantes de Almada, como é o caso de Alcácer do Sal e de Grândola, que serão obrigadas a fazer grandes distâncias, mais de 200 quilómetros no caso de Grândola, para chegar às urgências”, conclui.