A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil emitiu um alerta à poçulação para novo período de condições meteorológicas adversas em Portugal, com precipitação intensa, vento e agitação marítima forte, a partir de hoje, 12 de dezembro.
Após contactos com o Instituto Português do Mar e da Atmosfera e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) realizados pelo Comando Nacional de Emergência e Proteção Civil da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, o quadro meteorológico prevê:
− A partir da madrugada de segunda-feira, 12 de dezembro, ocorrência de precipitação persistente que poderá ser temporariamente forte (com valores até 80 mm/12h, entre as 00h-12h00) nas regiões Norte e Centro, sendo o período mais crítico entre as 06h00 e as 12h00, estendendo-se progressivamente para Sul durante a tarde, sendo de prever para os distritos de Setúbal, Évora e Beja valores acumulados até 60 mm no período 12h00-24h00;
− Na terça-feira, 13 de dezembro, precipitação persistente e por vezes forte nos distritos de Setúbal, Évora, Santarém, com acumulados até 70 mm no período 00h00-12h00, enquanto para as restantes regiões os valores acumulados podem chegar a 20 a 40 mm/12h. No período da tarde, a precipitação será mais provável nas regiões Centro, Alto Alentejo e Faro (até 20 a 40 mm/12h);
− Condições favoráveis à ocorrência de trovoada;
− Vento de sudoeste, a soprar forte (até 45 km/h), com rajadas até 90 km/h no litoral, e nas terras altas até 100 km/h, a partir da madrugada de segunda-feira, 12 de dezembro, nas regiões Norte e Centro;
− Na terça-feira, 13 de dezembro, vento a manter-se forte e com rajadas até 90 km/h nas terras altas da região Sul;
− Agitação marítima forte, com ondulação de oeste-sudoeste com ondulação superior a 3 metros, temporariamente entre 4 a 5 metros, na costa ocidental, a partir de segunda-feira, 12 de dezembro.
EFEITOS
Em função das condições meteorológicas presentes e previstas, é expectável:
− Ocorrência de inundações em zonas urbanas, causadas por acumulação de águas pluviais por obstrução dos sistemas de escoamento;
− Ocorrência de cheias, potenciadas pelo transbordo do leito de alguns cursos de água, rios e ribeiras;
− Instabilidade de vertentes, conduzindo a movimentos de massa (deslizamentos, derrocadas e outros) motivados pela infiltração da água, podendo ser potenciados pela
remoção do coberto vegetal na sequência de incêndios rurais ou por artificialização do
solo;
− Arrastamento para as vias rodoviárias de objetos soltos, ou ao desprendimento de estruturas móveis ou deficientemente fixadas, por efeito de episódios de vento forte, que
podem causar acidentes com veículos em circulação ou transeuntes na via pública;
− Possibilidade de queda de neve em áreas e a altitudes onde habitualmente se verifica;
− Piso rodoviário escorregadio e formação de lençóis de água.
PREVENÇÃO
A Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil recomenda à população a adoção de medidas de prevenção, nomeadamente:
− Garantir a desobstrução dos sistemas de escoamento das águas pluviais e retirada de inertes e outros objetos que possam ser arrastados ou criem obstáculos ao livre escoamento das águas;
− Não se expor às zonas afetadas pelas cheias;
− Garantir uma adequada fixação de estruturas soltas, nomeadamente, andaimes, placards e outras estruturas suspensas;
− Ter especial cuidado na circulação e permanência junto de áreas arborizadas, estando
atento para a possibilidade de queda de ramos e árvores, em virtude de vento mais forte;
− Ter especial cuidado na circulação junto a zonas ribeirinhas historicamente mais vulneráveis a fenómenos de transbordo dos cursos de água, evitando a circulação e permanência nestes locais;
− Adotar uma condução defensiva, reduzindo a velocidade e tendo especial cuidado com a possível formação de lençóis de água nas vias;
− Não atravessar zonas inundadas, de modo a precaver o arrastamento de pessoas ou
viaturas para buracos no pavimento ou caixas de esgoto abertas;
− Não praticar atividades relacionadas com o mar, nomeadamente pesca desportiva, desportos náuticos e passeios à beira-mar, evitando ainda o estacionamento de veículos
muito próximos da orla marítima;
− Estar atento às informações da meteorologia e às indicações da Proteção Civil e Forças de Segurança.