Proprietários da Herdade da Gâmbia denunciam actos de vandalismo

O proprietários da Sociedade Agrícola, Lda, detentore da exploração da Herdade da Gâmbia, sita no concelho de Setúbal, denunciam, em comunicado, vários actos de vandalismo praticados dentro da herdade, perpetuados por uma associação criminosa.

“Nos últimos 12 anos a Herdade de Gâmbia e a região onde se insere, tem vindo a ser alvo de atos de vandalismo consubstanciados em numerosos furtos de animais, de infraestruturas destinadas a maneio do gado, utensílios de uso agrícola, corte e destruição de vedações e respetivos portões de acesso, e descortiçamento selvagem de árvores sem a idade legal para o efeito”, refere o comunicado, adiantando que “odos estes atos têm sido perpetrados, pretendendo os seus agentes instalar um clima de terror junto das populações locais, tendo inclusivamente sido alvejadas por várias vezes as viaturas dos nossos guardas, tendo mesmo um deles sido ferido num desses atos”.

Os proprietários acusam que “estes atos, têm sido perpetradas por um grupo com cariz de associação criminosa que se autointitula “donos da região”, e que entre outras atividades criminosas, nomeadamente agredindo pessoas, também se dedica ao assalto a moradias e tráfico de droga”.

“Na Herdade de Gâmbia, ao longo destes anos, contam-se já por milhares os sobreiros alvo do descortiçamento selvagem, de cortiça sem idade legal, com o entre casco seriamente danificado, comprometendo a vida do Montado o que, para além do prejuízo que já ultrapassa muitas centenas de milhares de euros constitui inequivocamente um verdadeiro Crime Ecológico”, denunciam.

Os proprietários lamentam que “apesar das inúmeras queixas apresentadas junto da GNR, do Ministério Público e das entidades oficiais, que tutelam a Região e a nossa atividade, tudo isto se passa perante a indiferença do poder autárquico, e do ICNF-Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, ao contrário,
sempre muito zelosos em verificar se a nossa atividade está devidamente licenciada e de acordo com a Lei”.

“Este clima de medo e terror, torna-se ainda mais vincado, quando é do conhecimento geral de que há militares da Guarda Nacional Republicana, que protegem e dão cobertura a esta atividade ilícita”, acusam os proprietários da Herdade da Gâmbia