Projeto dinamiza artes performativas no bairro da Bela Vista

A promoção das artes performativas e a dinamização cultural e artística fazem parte de um projeto a realizar no Bairro da Bela Vista, no âmbito de uma parceria entre o município de Setúbal e a associação Monstro Colectivo.

O projeto, que tem início em dezembro em instalações municipais na Rua da Figueira Grande 37-E, vai permitir o “desenvolvimento de criações artísticas nas mais diversas áreas, como dança, teatro, cinema, artes circenses, artes plásticas, entre outras, numa vertente mais contemporânea e emergente”, explica a chefe da Divisão de Cultura da Câmara Municipal de Setúbal, Mónica Duarte.

O espaço multidisciplinar vai ser dinamizado pela Monstro Colectivo, plataforma de artistas profissionais da cidade de Setúbal que desenvolvem trabalho em várias artes performativas, no âmbito de um protocolo a celebrar com a autarquia.

“Uma das premissas mais importantes”, salienta Mónica Duarte, é o facto de se tratar de “um espaço artístico descentralizado, fora do centro da cidade onde habitualmente existem este tipo de equipamentos”.

Além de proporcionar um espaço para a criação artística, o projeto contempla a realização de workshops e ateliers, residências artísticas e uma programação cultural regular.

Outra importante componente é o envolvimento com a comunidade, em articulação com o programa municipal Nosso Bairro, Nossa Cidade, num complemento ao trabalho desenvolvido no Estúdio de Som e Imagem da Bela Vista.

“É um espaço aberto, com atividades que envolvem a comunidade e diferentes artistas. Acreditamos que vai ser um projeto inovador e diferenciador”, sublinha Mónica Duarte.

No âmbito do protocolo de colaboração a celebrar entre a Câmara Municipal de Setúbal e a Monstro Colectivo, a autarquia procedeu às necessárias obras de beneficiação e de adaptação do espaço cedido à associação para o desenvolvido do projeto.

As obras, já concluídas e executadas por administração direta num investimento municipal de 26 mil euros, contemplaram, entre outras intervenções, a criação de balneários masculinos e femininos, a requalificação da rede elétrica e das redes de esgotos e de abastecimento de água, a colocação de projetores e de um espelho na sala de dança, a substituição de vidros partidos interiores e da porta de acesso e pinturas interiores.

O protocolo estabelece que a Monstro Coletivo, associação cultural sediada em Setúbal, deve organizar e apresentar duas performances por ano, em estreita articulação com a autarquia, uma das quais com envolvimento dos residentes do território abrangido pelo programa Nosso Bairro, Nossa Cidade.

A associação assume ainda o compromisso de realizar quatro workshops gratuitos e acessíveis a moradores municipais e outros munícipes e de integrar, na programação anual, sessões de cinema gratuitas nos espaços envolventes às instalações cedidas ou em outros locais do bairro.