O projecto da “Cidade do Conhecimento”, apresentado ontem, 20 de Fevereiro, em Setúbal, foi apresentado em 6 de Agosto de 2009 no Cartaxo, exactamente pelo memso empresário e nos mesmos termos, e não passou do papel até hoje.
O projecto do empresário indiano, Sam Pitroda, refere o mesmo número de hectares e objectivos. Na altura foi assinado um memorando, com o mesmos objectivos como a Câmara Municipal do Cartaxo, com se pode ler abaixo:
A denúncia foi feita pelo vereador do PS, e deputado da Nação, Fernando José, na sua página do Facebook.
“Este projecto foi apresentado em Agosto de 2009 no Cartaxo, Na altura o Senhor Sam Pitroda fez um discurso semelhante ao de ontem, garantindo que em 5 anos o Cartaxo iria ter este mega projecto, designado por “Cidade do Conhecimento”. Dez anos depois, nem um tijolo. Esperemos que este protocolo não seja mais uma mão cheia de nada. Mais propaganda politica da máquina de comunicação. Mais uma ilusão vendida aos setubalenses que continuam a aguardar pelos hoteis de 5 estrelas, pelo terminal 7, pela nova Biblioteca, pela Marina. pelo Casino, pela Fábrica das Artes, pela Cidade Desportiva, pelos mega investimentos chineses e israelitas e pelos peregrinos vindos do Brasil rumo ao Senhor do Bonfim”, refere Fernando José.
Na cerimónia, em 6 de Agosto de 2009, o então mesmo empresário justificava que a sua escolha de Portugal e do Cartaxo em particular com o empenho e disponibilidade demonstradas por Paulo Caldas (presidente da câmara municipal) no projecto, mas também por estar num país com “história, tradição, bom tempo e baixo custo de implantação de estruturas, além do potencial futuro de ligação aos países de expressão portuguesa e de entrada na União Europeia”. Os 190 hectares de terreno municipal disponibilizados para a Cidade do Conhecimento junto da Área de Localização Empresarial do Falcão que procura acolher investimentos de base mais empresarial. Paulo Caldas considera que os projectos não se sobrepõem e diz que a Cidade do Conhecimento vai criar sinergias com a ALE, ajudando a criar milhares de postos de trabalho e permitir dezenas de milhões de euros de investimento.
De referir que em Setúbal, A Cidade do Conhecimento idealizada pelo empresário destina-se a escritórios, área residencial, um hotel, um centro de conferências, um hospital, escolas e universidades, comércio, parques de estacionamento e espaços de divertimentos, arte e cultura.
“A ideia é criar uma cidade que não será isolada, estará aberta e fará parte da comunidade. Já fizemos projectos desta natureza, por exemplo, no México e na Índia, mas queremos construir algo em Setúbal que será um exemplo em todo o mundo.”
Os custos do projecto dependem de vários factores, mas Sam Pitroda estima que o investimento possa situar-se entre 700 milhões a 1000 milhões de euros e assume que, apesar de ainda há “muito trabalho árduo” pela frente.
O empresário indiano já começou a procurar potenciais parceiros e investidores e garante que “há muito entusiasmo” em torno do projecto que visa criar um ambiente propício à inovação e à troca de conhecimento entre diferentes agentes económicos, sociais, culturais e de ensino/investigação, num espaço geográfico especificamente concebido para o efeito.
