O presidente do Vitória Futebol Clube, Carlos Silva, apesar de reconhecer a difícil realidade, mostrou-se otimista e confiante nos objetivos traçados para o futuro do clube, durante o discurso de tomada de posse realizado, a 27 de março, no Salão Nobre dos Paços do Concelho de Setúbal. Carlos Silva foi eleito um dia antes, para o triénio 2023-2025, como candidato único, que venceu com 355 dos 394 votos, tendo-se registado 32 boletins em branco e sete nulos.
“Queremos trabalhar para consolidar as finanças do clube, garantindo a sua estabilidade e viabilidade a longo prazo. Sabemos que a tarefa não será fácil, mas acreditamos que, com trabalho, dedicação e um planeamento rigoroso, conseguiremos aumentar as nossas receitas e diminuir as despesas”, disse Carlos Silva.
O dirigente apontou um conjunto de cinco objetivos estratégicos delineados para o futuro do clube, desde logo “o desenvolvimento de talentos, apostando na formação de jovens jogadores e na sua integração na equipa principal e criar as condições necessárias para que possam crescer”.
A estratégia conta ainda com atuações nas esferas da solidariedade social e do compromisso com a comunidade, na revitalização patrimonial, na consolidação da marca Vitória e no reforço da sustentabilidade financeira do clube, através de “uma gestão rigorosa e eficiente”, afirmou.
Acompanham Carlos Silva na direção do Vitória Futebol Clube os vice-presidentes Alexandre Ramos, António Rita e Hugo Pinto, o tesoureiro Fernando Pimenta e os diretores Leonel Calheiros, Helena Parreira, Dulce Soeiro, André Marques, Manuel Perdigão e José Dias Mendes.
A Assembleia-Geral, presidida por David Leonardo, conta com a vice-presidente Sara Ribeiro e os secretários António Pedroso e Noel Camonesas, enquanto o Conselho Fiscal e Disciplinar é composto pelo presidente João Augusto Lopes, pelo vice Carlos Carmo, pelo relator Bruno Lança e pelos suplentes Nuno Nóvoas e Luís Cruz.
Já o Conselho Vitoriano eleito para o triénio 2023-2025 é formado por um conjunto de ilustres e conta no elenco com Nuno Soares, Carlos Cardoso, Paulo Oliveira, Eugénio da Fonseca, Guerra Henriques, José Madruga, Ricardo Mira, Mário Romão, Carlos Branco e Miguel Duarte.
O antigo treinador do Vitória e atual vice-presidente da Federação Portuguesa de Futebol, José Couceiro, afirmou que um histórico como o Vitória Futebol Clube faz falta ao desporto nacional e que a ligação entre o Vitória Futebol Clube, a cidade de Setúbal e a autarquia é decisivo para o sucesso.
“A dimensão e potencialidade que este clube e cidade têm são, de facto, fantásticas e fazem falta, não apenas ao futebol português, mas ao desporto e a Portugal. Precisamos de instituições com a grandeza que o Vitória tem. Não é apenas a cidade de Setúbal que precisa. É, também, o país”, disse.
O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, garantiu que a autarquia mantém-se disponível para “a cada momento, sempre em estreita parceria com as direções do clube, contribuir para as soluções”, mantendo o princípio que norteia as relações do município com as associações, em particular com o Vitória.
“Esse princípio é a afirmação de que é aos sócios e apenas aos sócios que compete decidir os destinos do clube. A nós, compete, sempre no quadro de uma relação leal e aberta, estar ao lado das direções e com elas trabalhar para o bem do clube, sem nunca cair na tentação de instrumentalizar o que quer que seja”, adianta o presidente do município.
André Martins sublinhou a difícil missão dos novos órgãos sociais do clube. “Os desafios que têm continuam a ser enormes. De tal forma o são que a única possibilidade que há é continuar a trabalhar afincadamente para os vencer, aqueles que se desenrolam no campo e todos os outros que, por vezes, parecem até intransponíveis.”