O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, participou esta tarde, 29 de outubro, na primeira eucaristia do novo bispo de Setúbal, D. Américo Aguiar, que decorreu na Sé. A cerimónia religiosa que encheu o templo contou ainda com os ministros da Administração Interna, dos Assuntos Parlamentares e da Educação, a Procuradora Geral da República, e do presidente do município de Setúbal, entre outros.
D. Américo Aguiar, bastante emocionado, disse que “os nossos padre são heróis, pode haver um ou outro que não nos dignifique, que não nos representa e peca e erra, mas a esmagadora dos sacerdotes são heróis, benfeitores do país”.
O bispo lembrou as visitas que já fez às 10 instituições nestas primeiras 48 horas, a seguir à tomada de posse, prometendo que vai visitar todos. “Ninguém se vai livrar da minha visita porque não pode ser de outras maneira, é a tal igreja inserida”, adiantando que “estamos de braços abertos para acolher todos, todos sem qualquer tipo de hesitação”.
D, Américo Aguiar mostrou uma cápsulas de balas, oferecidas durante a sua visita à Ucrânia, que “mataram alguém e talvez mais de uma pessoa, e estamos aqui todos felizes e contentes, mas continuamos a fazer o mesmo, a matar pessoas, na terra da Ucrânia, na terra de Jesus”. “Não estamos contra ninguém, nem contra palestinianos nem contra israelitas, nem contra A ou B, queremos a paz, porque quem sofre com as guerras são sempre os mesmos, as crianças, as famílias, os idosos, os pobres”, lamentou.
“A nossa arma não é esta, é a oração, pedir a Deus que dê o dom da paz para todos que estão encurralados, que já não podem fugir e por isso temos de rezar por todos”, adiantou
O bispo lamentou durante estes anos “não aprendemos nada, estamos sempre a repetir os mesmos erros, estamos permanentemente a matar o nosso irmão”.
“O Papa pedimo-nos que estejamos mais atentos aos mais abandonados, aos excluídos, não precisamos de ir muito longe porque é no próximo que encontramos essas circunstâncias”, alertou.
D. Américo Aguiar lembrou o primeiro bispo de Setúbal, D. Manuel Martins, que alertava há 48 anos para os problemas deste território. “Está tudo resolvido? não está, é culpa do governo, seria mais fácil que fosse, é de todos, se 48 anos depois, continuamos a ter os mesmos problemas, significa que não fomos capazes, todos, de cada um de nós fazer aquilo que verdadeiramente lhe competia”.
“Estou aqui para fazer caminho convosco para o que der e vier, estamos todos juntos”, concluiu o bispo que apelou para um acordo entre os médicos e o governo.
Pode ver a cerimónia em: https://www.youtube.com/watch?v=0yeVSZfo9jY
