Presidente da Câmara de Setúbal acusa entidades públicas de inércia sobre situação na Comenda

O presidente da Câmara Municipal de Setúbal, André Martins, considera que é “uma situação dramática e que é necessário denunciar” o que se passa com o processo da Herdade da Comenda porque “vemos um conjunto de entidades que têm competências e responsabilidade que não atuam e deveriam ser mais proativas, temos um particular que tem iniciativa que é inaceitável do ponto de vista de um estado democrático”.

“Há uma inércia das entidades competentes relativamente a esta matéria”, acusa o autarca, mas confia que “havemos de ultrapassar essa fase” e tenho “confiança e determinação em cumprir a minha intenção”.

André Martins disse ainda que “desde a primeira hora que assumi como presidente da câmara perante os setubalenses que farei tudo, o que estiver ao nosso alcance e até às últimas consequências, para que o parque de merendas da Comenda volte ao uso público”.


Relativamente às outras situações, “os serviços técnicos municipais têm tomado os procedimentos normais que a lei estabelece para pôr em causa todas as iniciativas irregulares e ilegais que são tomadas”, adianta o edil sadino.

A questão foi levantada pelo vereador do PSD, Paulo Calado, que considera “a situação grave”, pedindo esclarecimento por parte da Câmara Municipal de Setúbal sobre “o andamento deste processo”, reconhecendo que é “complicado” à gestão da CDU lidar “com os anteriores mandatos da Maria Dores Meira, nos casos do estacionamento tarifado e da Comenda”.

“Há uma coisa que não entendo, foi transmitido aos setubalenses que a câmara municipal ponderava expropriar a área do parque de merendas porque o anterior proprietário tinha tolerado às pessoas de Setúbal e de fora utilizarem aquele espaço como zona de lazer, e não se compreende, atendendo a esse fundamento, que agora foi divulgado e ainda não desmentido, que afinal a câmara municipal tinha oferecido 6 mil euros por aquele espaço”, afirma Paulo Calado.