Politécnico de Setúbal de luto pela morte de Farana Sahbudin Sadrudin

O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS), tem a bandeira a meia haste, em sinal de luto, pelo falecimento de Farana Sahbudin Sadrudin, vitima de atentado no Centro Ismailita em Lisboa.

“É com enorme pesar e profunda consternação que comunico o falecimento da diplomada em Engenharia Informática pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal do IPS (ESTSetúbal/IPS), Farana Sahbudin Sadrudin, vitima de atentado no Centro Ismailita em Lisboa”, refere a presidente do IPS.

“Aos familiares, amigos e colegas, em nome de toda a comunidade académica, apresento as mais sentidas condolências e determino que no edifício da ESTSetúbal/IPS a bandeira seja colocada a meia haste, em sinal de luto, durante o dia de 29 de março”, adianta presidente do IPS.

Farana era sobrinha do representante diplomático do Imamat Ismaili em Portugal, Nazim Ahmad, e foi também representante da comunidade ismaelita em Madrid, além de ser formada em Engenharia pela Escola Superior de Tecnologia de Setúbal.

Foi, além disso, membro do Conselho de Subsídios e Revisão e Membro do Conselho de Conciliação e Arbitragem por Portugal na Comunidade Ismaili. Trabalhava desde dezembro de 2021 na Fundação FOCUS – Assistência Humanitária, onde geria o processo de integração orgânica de refugiados.

Mariana Jadaugy, de 24 anos, e Farana Sadrudin, de 49 anos, foram identificadas como sendo as duas vítimas mortais do ataque de 28 de março no Centro Ismaili, em Lisboa. As mulheres portuguesas foram atingidas por um homem afegão, que entrou na sala onde decorria uma aula, armado com uma faca.

Ambas acabaram por morrer no Centro Ismaili. O ataque feriu ainda um outro professor, que se encontra em estado grave no Hospital de Santa Maria, em Lisboa. O suspeito, que foi detido e baleado na zona da anca pela Polícia de Segurança Pública, foi transportado para o Hospital de São José, onde foi submetido a uma cirurgia. Neste momento, encontra-se “estável”, devendo permanecer internado durante algum tempo, devido à natureza dos ferimentos.

O atacante de nacionalidade afegã foi identificado como Abdul Bashir, terá vindo “da Grécia para Portugal”, depois de ter perdido a mulher num campo de refugiados naquele país.

O ministro da Administração Interna, José Luís Carneiro, confirmou que o homem, “relativamente jovem”, tem três filhos menores, de 9, 7 e 4 anos. Foi, depois, “recolocado em Portugal ao abrigo da cooperação europeia, e tratava-se de um cidadão beneficiário do estatuto de proteção internacional”, levando uma vida “bastante tranquila” no país, há cerca de um ano.

O governante apontou ainda que o jovem beneficiava do apoio da comunidade ismaelita, no ensino de línguas, no “cuidado alimentar, cuidado com as crianças” e “não tinha qualquer sinalização que justificasse cuidados de segurança”.