Morreu Júlio Patrocínio, primeiro chefe regional de Setúbal do Corpo Nacional de Escutas

A Junta Regional de Setúbal informa “com pesar e enorme sentimento de gratidão” do falecimento do chefe Júlio Patrocínio, dirigente escutista do Agrupamento do Montijo e primeiro chefe regional de Setúbal do Corpo Nacional de Escutas (CNE) – Escutismo Católico. As cerimónias fúnebres realizaram-se a 19 de janeiro, no Cemitério de São Sebastião (Montijo).

“Sempre firme e resiliente, num tempo desafiante, mas sempre nutrido de um instinto paternalista sobre estes seus escuteiros e muito estimado por eles. Uma das nossas grandes referências” afirma Ana Margarida Chagas, Chefe Regional do CNE, em comunicado.

Júlio Patrocínio foi dirigente escutista no Agrupamento 72 do Montijo e foi Chefe Regional entre 1975 e 1986, tendo assim dirigido a Junta Regional da recém-criada Diocese de Setúbal.

Ana Margarida Chagas lembra a mensagem que o dirigente lhe enviou na sua primeira eleição como Chefe Regional: “Quando fomos eleitos, não tínhamos onde reunir, não tínhamos dinheiro, não havia praticamente nada. O efetivo da Região andava perto dos 400 escuteiros e meia dúzia de agrupamentos”.

“Durante o nosso mandato adquirimos a Sede Regional e o Campo Escola na Serra da Arrábida, sabe Deus como e com o esforço de todos. A Junta Regional funcionava em pleno, com um Departamento Pedagógico, considerado um dos melhores do país, senão o melhor, com grandes formadores que eram requisitados a nível nacional. O efetivo inicial de 400 aumentou para perto de 3000 escuteiros, e duplicámos o número de agrupamentos”, recordou Júlio Patrocínio.

A Junta Regional de Setúbal decreta luto oficial regional por um período de sete dias, ao abrigo do artigo 9º do Regulamento de Protocolo do CNE, com o hasteamento das bandeiras a meia-haste ou “por uma banda de crepe preto a cobrir a parte superior de bandeiras quando estas se encontrem em mastros portáteis” e utilização de “braçadeira estreita de crepe preto, colocada no braço esquerdo, sobre o uniforme”.