José Condeça é responsável pela cenografia e letra da marcha do Bairro Alto

José Condeça vai estar ligado à marcha do Bairro Alto, na edição deste ano das Marchas Populares de Lisboa.

José Condeça será responsável pela cenografia e escrever a letra da marcha. O maestro Carlos Pinto, também de Setúbal, será o autor da música.

Marcha do Bairro Alto é organizada pelo Lisboa Clube Rio de Janeiro. Saiu à rua pela 1ª vez em Junho de 1932.

Recorde-se José Condeça venceu o 1.º prémio de cenografia de Marchas Populares de Lisboa 2022, precisamente com a marcha do Bairro Alto, no dia 12 de junho. Esta já não é a sua primeira vitória nas marchas da capital, tendo arrecadado, igualmente, o 1.º prémio de cenografia em 2017, com a Marcha de Carnide.

Coreógrafo, cenógrafo, encenador, pintor, letrista, ceramista, cantor, músico, entre muitas outras atividades, José Condeça é, fundamentalmente, um homem das artes.

Natural de Moura, mudou-se com a família para Palmela em 1963, ainda na infância, e afirma que foi nas ruas do Centro Histórico da vila que adquiriu experiência de vida. A Festa das Vindimas, nascida no ano anterior à sua mudança, teve um forte impacto na sua formação e exerceu uma influência inegável na descoberta das artes enquanto paixão e labor. Os carros do Cortejo Alegórico eram a sua predileção e passava o resto do ano a produzir réplicas e a recriar desfiles com bonecos. O sonho tornou-se real e, com mais de 40 anos de envolvimento em diversas vertentes da Festa da Vindimas, já criou, produziu e coordenou dezenas de cortejos.

A sua participação no movimento associativo local incluiu, também, por uma breve passagem pela banda da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”, seguida de mais de três décadas de dedicação à Sociedade Filarmónica Humanitária. Foi nesta casa que, além de pertencer à banda, deu largas à criatividade na área do teatro e revista e se iniciou na conceção de Marchas Populares, que o levariam, depois, à ribalta em Setúbal e Lisboa.

Enquanto letrista, venceu a Grande Marcha de Setúbal 2016 e 2020, e é autor de múltiplos poemas, cenografias, coreografias, revistas à portuguesa e outras obras, que fazem parte do historial de diversas coletividades e artistas da região.