João Marante Oliveira: A arte de trabalhar o arame

O jovem João Marante Oliveira, artesão residente na freguesia de S. Teotónio, concelho de Odemira, que trabalha na arte de tranformar o arame em esculturas de animais mostra o seu trabalho na FACECO – Feira das Actividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira.

“Sou fã de animais desde criança, soube logo o nome de todos os bichos, e este trabalho surgiu a partir de obras em pasta de papel e gesso para dar estrutura à peça e lembrei-me de finalizar em arame”, explica o artesão.

“O burro e os cisnes são as peças mais antigas e que dá indicação da evolução para as outras” patentes aqui, disse João Amarante Oliveira, revelando que o material usado é a rede utilizada para construção de galinheiros ou gaiolas para coelhos.

O artesão tem a arte de fazer a peça em rede desde o início o que exige um grande grau de precisão. “Faço logo directamente a peça, começo pela cabeça, dando os pormenores necessários, para continuar a escultura”, frisa.

Para uma peça de grande porte como o burro ou crocodilo é necessário um rolo de arame com cerca de 60 metros de cumprimento com um metro de largura.

João Marante Oliveira quer seguir o artesanato como profissão. “Por enquanto é hoby mas quero fazer disto profissão”, afirma o jovem, que ajuda o seu pai no negócio da família, adiantando que os seus clientes são entidades públicas, estrangeiros e portugueses. “Vende-se mais a estrangeiros”, conclui.

O artesão nasceu em Lisboa em 1988 e tem formação académica em Belas Artes – Design e Pintura. Participou em diversas exposições individuais e colectivas de pintura e escultura. É habitual marcar presença nas feiras da FACECO e na FIA, em Lisboa.

Realizou a sua primeira exposição individual, desenho e pintura aos doze anos de idade.

Em 2017 foi o vencedor do Prémio Nacional de Artesanato – Empreendedorismo Novos Talentos do Instituto do Emprego e Formação Profissional. Em 2018 vencedor do prémio FIA na Feira Internacional de Lisboa.