Incêndio na Sapec causa 6 feridos ligeiros

O diretor-geral da Sapec Agro, João Martins, admitiu esta terça-feira que o armazém de produtos de enxofre onde deflagrou um incêndio ficou completamente destruído, mas garantiu que a laboração da fábrica não foi afetada e prossegue normalmente.

“Houve uma intervenção rápida da nossa equipa de bombeiros e chamámos de imediato outras corporações que ajudaram no combate ao incêndio”, disse João Martins, acrescentando que a nuvem de fumo que se propagou para as freguesias da Gandia, Praias-do-Sado e Faralhão, no concelho de Setúbal, deverá “dissipar-se totalmente dentro de uma ou duas horas”.

A presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira (CDU), lamentou a ocorrência do incêndio numa das maiores empresas da região, mas congratulou-se com o facto de a empresa não ter interrompido a laboração e prosseguir a sua atividade normalmente.

Em declarações à Lusa, a autarca disse, contudo, estar preocupada “com os prejuízos numa empresa de referência nacional e internacional situada no concelho e que contribui de forma significativa para o PIB nacional”.

Maria das Dores Meira adiantou também que do combate ao incêndio resultaram, até agora, seis feridos ligeiros, cinco dos quais foram assistidos no hospital de São Bernardo, em Setúbal, e um, da companhia de Bombeiros Sapadores de Setúbal, no hospital de São José, em Lisboa, que terá sofrido queimaduras numa mão na sequência de uma queda.

“Congratulamo-nos por não ter havido vítimas mortais, apenas alguns feridos ligeiros e por a fábrica não ter sido atingida devido à pronta intervenção dos bombeiros”, acrescentou a autarca setubalense.

Maria das Dores Meira lembrou que as aulas nas escolas das freguesias mais afetadas pela nuvem de fumo foram suspensas esta terça-feira, adiantado no entanto que todas deverão retomar a atividade normal na quarta-feira.

O incêndio, que deflagrou esta terça-feira às três horas em dois armazéns com enxofre, em Mitrena, Setúbal, foi controlado, mas as operações de rescaldo deverão prolongar-se por vários dias.

Entretanto, a Proteção Civil Municipal apelou à população das localidades de Praias-do-Sado e Faralhão para não saírem de casa e para calafetar portas e janelas “com toalhas molhadas” até que desapareça a nuvem de fumo provocada pelo incêndio.

“Estamos a apelar às pessoas para não saírem de casa até por volta do meio-dia devido à nuvem de fumo. As creches e as escolas daquela zona, incluindo o instituto Politécnico de Setúbal não vão abrir portas hoje por precaução. Já avisamos todos estes estabelecimentos de ensino”, disse à agência Lusa o José Luís Bucho.