A jornalista Fátima Brinca vai lançar o livro “Vida Parida, Vida Sofrida” no próximo dia 7 de Abril, pelas 11h00, na Biblioteca Municipal de Palmela. A obra, edição de autor, será apresentada pela poetisa e presidente da Casa da Poesia de Setúbal, Alexandrina Pereira.
O livro resulta de um conjunto de crónicas sobre histórias da vida da jornalista, de 69 anos, publicadas na imprensa e outras novas, num total de 67, abordando desde a infância à actualidade, com algumas fotografias da família. Foram seleccionadas entre 800 histórias que a jornalista quer publicar em várias edições.
“Diversas pessoas diziam que aquelas histórias eram engraçadas e que merecia um livro” disse Fátima Brinca ao jornal Setúbal Mais, adiantando que “a poetisa Alexandrina Pereira lançou-me o desafio e resolvi avançar com histórias que já tinha publicado e outras inéditas”.
“São histórias da minha vida, desde a infância, as dificuldades e diferenças da actualidade, a escola onde os rapazes estavam separados das raparigas e quando vinham os inspectores tínhamos de fugir; da minha família, onde o meu avó esteve na 1.º Grande Guerra Mundial que veio a pé de França, demorando três anos a chegar a Portugal e devido à histórias que contava sobre a guerra ficou conhecido como ‘General de Pau’; histórias engraçadas do meu pai e das suas lutas”, revela a jornalista que nasceu debaixo de uma oliveira, no meio do campo. “A minha mãe andava a arrancar batatas, começou a sentir as dores de parto e uma ‘parteira de ocasião’ arranjou sacas de serapilheira de acondicionar as batatas, deitou-a e nasceu este ser”, disse.
O livro que tem ainda histórias das lutas laborais da antiga Movauto, episódios da revolução do 25 de Abril das ocupações, custará 10 euros, sendo metade das receitas para a Casa da Poesia de Setúbal.
Fátima Brinca salientou que o livro é dedicado a três pessoas: à empresária Leonor Freitas, da Casa Ermelinda Freitas, e colega a escola primária da jornalista, “uma pessoa excepcional” que apoiou esta obra, à poetisa Alexandrina Pereira pelo “desafio que me fez” e à fadista Maria Madalena, pela “forma como colaborou comigo”.
“Vida Parida, Vida Sofrida” terá ainda mais apresentações públicas, na Biblioteca Municipal de Setúbal no dia 5 de Maio, às 16h00 e ainda sem data definida na Casa Ermelinda Freitas.
