O hotel instalado na Escola de Hotelaria de Setúbal, no antigo Quartel do 11, ainda não abriu devido “as dificuldades administrativas mas espero ter até ao final do ano uma solução para este problema”. A revelação foi feita ao Jornal Setúbal Mais pelo presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, à margem da cerimónia da abertura do ano lectivo desta escola.
João Cotrim de Figueiredo reconhece que houve alguma contestação das unidades hoteleiras pela abertura deste hotel mas “isso não seria suficiente para não abrir, mas questões de tipo legal e administrativo e na definição como funcionaria o hotel, sendo um processo complexo que envolve várias entidades”.
Já a presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Maria das Dores Meira disse que está a par da situação, adiantando que o Turismo de Portugal está a fazer um caderno de encargos para realizar um novo concurso público para a exploração do espaço já que o primeiro ficou deserto.
Para a autarca faz todo o sentido o funcionamento deste hotel não compreendendo algumas críticas das unidades hoteleiras da avenida Luísa Todi que levantaram alguns problemas. “Qual é o problema das unidades hoteleiras da avenida? Estão cheios quase todos os meses e quando chega ao limite, os turistas têm de ir para outros sítios e até Palmela, este não fará concorrência”. “Quero que este hotel abra e que venham mais hotéis” acrescenta a edil.
O estabelecimento de ensino de Setúbal foi o palco para a sessão de abertura do ano lectivo da rede de Escolas de Hotelaria e Turismo, sob tutela do Turismo de Portugal, anteontem, dia 28 de Setembro, com 3400 alunos, dos quais 300, em terras sadinas. A iniciativa serviu ainda para assinalar o Dia Mundial do Turismo. A sessão contou com as intervenções do ministro da Economia, António Pires de Lima, do presidente do Turismo de Portugal, João Cotrim de Figueiredo, do presidente da Confederação do Turismo Português, Francisco Calheiros e da presidente da Câmara Municipal de Setúbal.
João Cotrim de Figueiredo afirmou que “Podemos ter orgulho de um país que está a fazer caminho marcante na história numa das mais dinâmicas e extraordinárias actividades económicas a nível mundial”. O responsável destacou que o turismo a nível mundial vale 6 por centro das exportações mundiais, gera 1 em cada 11 empregos, representa mais 10 por cento de toda a riqueza gerada no planeta, foi o sector que mais rapidamente saiu da crise. Em Portugal, registou-se um crescimento de 30 por cento nas receitas desde 2013, obtiveram-se resultados recordes em 2014 e 2015. “Pela primeira vez, o saldo da balança turística do ano passado, ultrapassou os 7 mil milhões de euros, um contributo decisivo para o equilíbrio das nossas contas externas”. “Portugal tornou-se um dos destinos competitivos do mundo, subindo 5 lugares face a 2013” acrescentou.
O Ministro da Economia salientou que “a taxa de actividade dos alunos das escolas de hotelaria e turismo é de 83 por cento, que o número que inclui alunos empregados, cerca de 68 por cento e alunos que prosseguiram os seus estudos, mais 15 por cento” adiantando que “82 por cento ficaram colocados no mercado de trabalho em menos de 3 meses”. “O sector do turismo tem ajudado de forma decisiva a recuperação do país e contribuiu para a criação de emprego” acrescentou António Pires de L
